Rússia só decidirá em janeiro sobre retorno da tripulação da nave Soyuz
A tripulação que está na nave Soyuz, módulo russo acoplado à ISS (Estação Espacial Internacional) que vazou no começo do mês, precisa esperar até janeiro para poder retornar à Rússia. O motivo: Moscou ainda não decidiu sobre a volta dos cosmonautas à Terra, disse a Roscosmos.
Em comunicado da agência Tass, as autoridades russas anunciaram que aguardam os resultados da investigação das causas do grave vazamento na espaçonave, que expeliu fluido refrigerador no espaço em 15 de dezembro.
O líquido é vital para regular a temperatura da cabine da tripulação. “A Roscosmos divulgará possíveis mudanças no programa de voo em janeiro de 2023 com base nas descobertas dos grupos de trabalho”, afirma a nota da última terça-feira (27).
A cápsula russa vazou quando estava acoplada ao laboratório orbital. Varreduras preliminares apontaram um buraco de 0,8 mm no lado de fora do radiador, possivelmente causado por um micrometeoróide ou detritos espaciais.
É possível que, por ser muito pequeno, a tecnologia atual da ISS não tenha rastreado o objeto. A tripulação não corre perigo, mas a situação é complexa. A Soyuz deveria levar dois cosmonautas e um astronauta de volta à Terra em caso de emergência.
Em busca de soluções
Segundo a Roscosmos, a tripulação russa da Soyuz têm prazo para permanecer na ISS até março. Enquanto isso, uma nave backup só deve ficar pronta em fevereiro. Enquanto isso, a cápsula com o vazamento continuará vazia.
Agora, a NASA analisa se alguma espaçonave da SpaceX, empresa de turismo espacial do bilionário Elon Musk, poderia oferecer uma “carona” aos membros da ISS.
“Perguntamos à SpaceX sobre a capacidade de devolver membros da tripulação no Dragon, se necessário”, disse a porta-voz Sandra Jones em comunicado. “Mas este não é o principal foco da NASA no momento”, afirmou.
Esta é a segunda intempérie com a ISS neste mês. No dia 21, a estação precisou fazer uma manobra para evitar que partes do antigo foguete soviético Fregat a acertasse em cheio enquanto vagava como lixo espacial.