Samsung culpa o coronavírus pelos péssimos números iniciais do Galaxy S20
Como você deve ter percebido, o surto de coronavírus está afetando muitas coisas do mundo da tecnologia, seja grandes conferências ou voos internacionais e domésticos de funcionários. Agora, a Samsung diz que o COVID-19, nome oficial do vírus, é o responsável pelos péssimos números iniciais de vendas do Galaxy S20 na Coreia do Sul.
De acordo com o 9to5 Google, a Samsung vendeu 70.800 unidades da linha Galaxy S20 em seu primeiro dia de disponibilidade no país asiático. Comparado com as vendas das linhas Galaxy S10 lançadas em 2019, que alcançaram 140.000 unidades no primeiro dia, os números são decepcionantes. A coisa piora se compararmos com as vendas da linha Galaxy Note 10, lançada em agosto, que bateu 220.000 unidades no primeiro dia.
A Samsung tem a explicação para isso: os medos causados pelo coronavírus e menos descontos em celulares.
“As vendas foram afetadas por quedas acentuadas em descontos para novos celulares e o número de visitantes a lojas físicas devido aos medos de infecção por coronavírus”, disse a fabricante para diversos veículos de imprensa.
A linha Galaxy S20 inclui o modelo padrão S20 (US$ 999), o S20 Plus (US$ 1.199) e o S20 Ultra (US$ 1.399). Os preços mais altos para os smartphones surpreenderam, especialmente se considerarmos que os consumidores estão preferindo modelos intermediários nos dias de hoje. Esses valores também alimentaram especulações de que as vendas poderiam cair consideravelmente, mesmo antes dos números iniciais serem divulgados.
A Samsung não é a primeira empresa de tecnologia a dizer que o coronavírus impactou ou vai impactar sua performance financeira. Em fevereiro, a Apple anunciou que não esperava cumprir com suas previsões de receita para o trimestre de março.
A empresa da maçã explicou que isso se devia ao fato de que o fornecimento global de iPhones poderia ser restringido temporariamente por uma desaceleração da fabricação de seus parceiros na China – que estão localizados fora da província de Hubei, epicentro do surto do coronavírus.
A companhia adicionou que a demanda por seus produtos na China também tinha sido afetada pelo surto. A Apple fechou suas lojas na China no começo de fevereiro, em meio a preocupações com a disseminação da doença. Ela relatou que muitas de suas lojas parceiras também fecharam. A companhia começou a reabrir gradualmente as suas lojas na região e a maioria deve funcionar em horário menores.
A Microsoft repetiu as alegações da Apple nesta semana, afirmando que suas vendas para o terceiro trimestre do ano fiscal de 2020 deveria ser menor do que o previsto porque sua cadeia de fornecimento tinha sido afetada pelo coronavírus. A companhia disse que o surto de COVID-19 afetaria sua linha de computação pessoal.
No último relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicado no sábado, foram confirmados 85.403 casos de coronavírus ao redor do mundo. Desses, 3.150 tinham sido na Coreia do Sul, a região mais afetada além da China. No mundo todo, 2.924 pessoas morreram da doença.