[Hands-on] O Galaxy Tab S4 ficou mais parecido com um laptop, mas ainda não chegou lá
Os tablets estão numa fase complicada hoje em dia. Ou você escolhe um barato e compra um negócio que se parece com um celular gigante, ou investe um pouco mais por funcionalidade extras como uma caneta stylus e suporte para teclado. E o que compensa, afinal? Nos últimos anos, a Samsung tentou tirar mais proveito do Android ao fabricar tablets que são mais próximos de “laptops conversíveis”. Para 2018, a Samsung apostou ainda mais alto com o Galaxy Tab S4.
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Graças a nova tela AMOLED de 10,5 polegadas, o Tab S4 não é apenas fisicamente maior do que o seu antecessor – sua bateria também cresceu em 20% e agora tem 7.300 mAh, então sua longevidade pode melhorar também. No entanto, o maior desafio para o Galaxy Tab S4 é a inclusão do software Dex da Samsung, que oferece algo muito perto da experiência de trabalhar em um desktop, independente de onde você esteja.
O Dex foi pensando para permitir que celulares como o Galaxy S9 e Galaxy Note 8 realizassem tarefas que os notebooks costumam fazer. Ele permite que você conecte um mouse, teclado e monitor em uma base física.
Mas agora, no Galaxy Tab S4, o Dex se transformou em uma solução mais simples, de software, que permite que você altere entre um modo tablet padrão com Android e um modo desktop que funciona como uma mistura entre o Chrome OS e o Windows 10.
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Além de suporte completo a todos os aplicativos do Android, você também tem uma barra de tarefas e uma central de notificações quando está no modo Dex. Você irá visualizar ícones no desktop para programas usados frequentemente, por exemplo. E como podemos esperar de um laptop tradicional, dá para deixar várias coisas rodando no plano de fundo (até 20), com janelas que são facilmente redimensionadas e a liberdade de arrastar e soltar arquivos quando você quiser.
Se quiser voltar para o modo tablet, aperte um botão no painel de notificações do S4 ou configure o software para fazer a transição automática assim que você desconectar o teclado.
Na caixa do Tab S4 vem uma caneta stylus, que segundo a Samsung tira energia da própria tela do tablet e por isso não precisa ser carregada. Assim como vimos no Tab S3 e outros smartphones da linha Galaxy Note, essa stylus tem diversos truques, como anotações com a tela desligada – que permite guardar notas sem desbloquear o dispositivo – Air Command para capturas de tela, tradução em tempo real e personalizações divertidas de GIFs.
Infelizmente, o teclado para o tablet não vem na caixa. Na verdade, ele custa US$ 150. É uma pena, porque o teclado opcional parece ser bem bom. Ele ganhou mais espaçamento entre as teclas e um clique mais longo se comparado com os Smart Keyboards da Apple para o iPad Pro. O problema da Samsung foi não ter colocado um touchpad embutido.
É claro, você pode comprar o teclado que você quiser e conectar no tablet, mas para realmente maximizar a produtividade do Tab S4, o teclado já incluso no pacote final parece quase que uma necessidade. Para as pessoas que realmente querem uma experiência de desktop, é possível conectar o Tab S4 em um monitor externo utilizando um adaptador USB-C para HDMI (que também precisa ser comprado à parte) – nesse modo, a tela do Tab S4 funciona como uma segunda tela.
Sobre o restante das especificações do Tab S4, podemos dizer que é um misto entre coisas boas e ruins: ele tem um processador do ano passado, o Snapdragon 835; 4 GB de RAM; 64 GB de armazenamento; câmera traseira de 13 megapixels e capacidade de expansão de armazenamento via microSD.
Basicamente, são os mesmos componentes do Galaxy Note 8 lançado no ano passado, só que com 2 GB a menos de RAM. Ele não vem com um leitor de impressões digitais, o que significa que você precisará lidar com o leitor de íris ou ficar preso ao tradicional PIN de segurança ou senha.
Foto: Sam Rutherford (Gizmodo)
Mas por que a Samsung simplesmente não escolheu rodar o Chrome OS nesse dispositivo? O aparelho ainda teria suporte aos aplicativos do Android e uma interface de usuário voltada para a produtividade, mas sem toda essa complicação de um software Dex.
Um representante da Samsung me disse que, como se trata de um tablet, o Android faz muito mais sentido para o Tab S4 e que a Samsung está “comprometida” com a plataforma. Eu não fiquei muito convencido. Neste momento, fica claro que tirando os produtos da Apple, os tablets estão indo na direção do Chrome OS.
A minha principal preocupação com o Tab S4 é o preço. Ele começa em US$ 650 sem a capinha com teclado e o adaptador para monitor, o que é consideravelmente mais caro do que um Surface Go e praticamente o mesmo preço do iPad Pro de 9,7 polegadas.
No pouco tempo que passei com o Tab S4, senti que ele é um dispositivo bem competente, e com a adição do Dex as tarefas focadas em produtividade ficaram bem mais suaves. Definitivamente é um tablet mais completo do que o Tab S3. Mas ainda acho que a Samsung poderia fazer melhor.
De qualquer maneira, fique ligado para uma análise mais aprofundada. O Tab S4 deve chegar às lojas dos Estados Unidos no dia de 10 de agosto. A Samsung ainda não deu previsão de quando o produto deve chegar ao Brasil.
Você pode checar mais fotos do Galaxy Tab S4 aqui.
Imagem do topo: Sam Rutherford (Gizmodo)