Solstício de inverno: o que acontece quando ele começa?

Nesta quarta (21), acontece o solstício de inverno no Hemisfério Sul, que marca o início da estação por aqui. O momento exato para o fenômeno é às 11h57, no horário de Brasília, segundo o Observatório Nacional. Mas o que é um solstício de inverno?

Ele acontece quando um dos polos da Terra (no caso, o Sul) atinge sua inclinação máxima em relação ao Sol, ficando o mais distante possível do astro rei. Naturalmente, no Hemisfério Norte está acontecendo o fenômeno oposto: o polo Norte está apontado para o Sol, e lá é solstício de verão.

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Isso só acontece porque o eixo de rotação da Terra tem uma inclinação de aproximadamente 23 graus. Então, à medida que nosso planeta viaja ao redor do sol (ou realiza o movimento de translação), diferentes latitudes da superfície terrestre experimentam diferentes incidências de raios solares.

Nessa configuração, as regiões próximas aos trópicos e aos polos do planeta recebem às vezes mais, às vezes menos radiação solar ao longo do ano. E as regiões próximas ao Equador, a parte mais gorda dessa esfera gigante, recebem sempre radiação solar aos montes – porque ela chega primeiro e com mais intensidade nesses lugares. 

Sem a inclinação do eixo, a luz da estrela alcançaria a Terra sempre da mesma maneira, e todos os lugares do planeta receberiam a mesma quantidade de radiação solar ao longo do ano. Não existiria, portanto, um solstício de inverno ou de verão – porque não existiriam as estações do ano.

Mais características do solstício

À medida que o solstício de inverno se aproxima, os dias se tornam cada vez mais curtos. O solstício em si é o dia com o menor período de luz solar – nesta quarta (21), serão aproximadamente 11 horas e 11 minutos no Brasil – e a noite mais longa do ano. 

A partir de então, os dias ficam cada vez mais longos até o solstício de verão, em 21 de dezembro no Hemisfério Sul. Este é o dia mais longo e a noite mais curta do ano por aqui.

O início das estações do ano está associado não só aos solstícios de inverno e verão, mas também aos equinócios de outono e primavera, respectivamente em março e setembro no Hemisfério Sul. 

Nos equinócios, o Sol parece estar exatamente acima do Equador, e o dia e a noite têm praticamente a mesma duração. A palavra vem do latim aequinoctium, de aequus (igual) e nox (noite).

Segundo o Observatório Nacional, o sol nasce no ponto cardeal leste e se põe no ponto cardeal oeste nos equinócios. Após estes dias, o sol nasce cada vez mais afastado do ponto cardeal leste. Nos dia do solstício de inverno no Hemisfério Sul, ele atinge o máximo afastamento a nordeste; no solstício de verão por aqui, ele atinge o máximo afastamento a sudeste.

O inverso acontece em relação à posição do sol quando ele se põe. Depois dos equinócios, o pôr do sol acontece cada vez mais afastado do ponto cardeal oeste. No solstício de inverno no Hemisfério Sul, ele atinge o máximo afastamento a noroeste; no verão, o máximo afastamento a sudoeste. No Hemisfério Norte, como você pode imaginar, rola tudo ao contrário.