Sony pode ser a próxima empresa a pular fora do hype da realidade virtual
Se você me perguntasse quatro anos atrás o que eu achava da realidade virtual (RV), muito provavelmente eu te diria que “esse negócio vai ser top”. Agora corta para 2020, quando a grande maioria das empresas (Google e Samsung entre elas) que apostaram nesse nicho estão saindo de cena. E a Sony está dando sinais que será a próxima a pular fora desse barco, ou pelo menos ir com mais calma em novos investimentos na tecnologia.
Em entrevista ao jornal The Washington Post, o CEO da Sony Interactive Entertainment, Jim Ryan, afirmou que a realidade virtual ainda está nos planos da companhia, mas que essa tecnologia ainda levará anos para, de fato, se tornar um produto de entretenimento. O executivo também foi categórico ao declarar que, no que diz respeito à RV, “não há planos imediatos ou a longo prazo”.
“Acho que estamos mais do que alguns minutos longe do futuro da realidade virtual. A PlayStation acredita na RV. A Sony acredita em RV, e definitivamente acreditamos que, em algum momento no futuro, a tecnologia representará um componente significativo de entretenimento interativo. Será este ano? Não. Será no ano que vem? Não. Mas será em algum momento? É no que acreditamos”, disse.
Isso, contudo, não quer dizer que a Sony deixará de vez esse mercado. O PlayStation VR continuará sendo vendido, e deve ganhar compatibilidade com outros títulos. A fabricante até está oferecendo aos donos do headset um adaptador de câmera para usá-lo no PlayStation 5, que será compatível com o acessório. Todo o processo é gratuito — você só precisa entrar neste site e digitar o número de série que fica na parte traseira do processador do PSVR —, mas ainda não está disponível no Brasil. Pois é.
Todos esses indícios também sugerem que não veremos um novo PSVR tão cedo. Atualizações de software devem continuar na mira da Sony, mas hardware de nova geração talvez fique para daqui alguns anos.
No Brasil, o PlayStation VR é vendido em média por R$ 2.330.