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SpaceX lancará satélites para melhorar “SOS espacial” em iPhones

Recurso permite contatar serviços de emergência mesmo onde não há rede de celular
SpaceX/Unsplash/Reprodução

Com apoio da Apple, a empresa de comunicação via satélite Globalstar deverá lançar ao espaço ao menos 17 novos satélites até 2025 para, entre outra coisas, melhorar o recurso “SOS Espacial” em iPhones.

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Segundo informações do site TechCrunch, o custo para o lançamento dos satélites é avaliado em US$ 64 milhões (cerca de R$ 317 milhões). Como parte de um acordo, a Apple reembolsará 95% de todo o gasto operacional da Globalstar relacionados aos serviços de comunicação aeroespacial.

Além disso, a empresa da maçã concordou em investir ao menos US$ 252 milhões (cerca de R$ 1,25 bilhão) para financiar uma futura reposição dos satélites em órbita, assim como melhorar a infraestrutura das estações de comunicação em solo.

Em troca, a Apple tem direito de usar 85% da capacidade de transmissão da Globalstar, cuja principal utilidade é o recurso SOS de Emergência via satélite. Essa tecnologia, revelada em setembro de 2022 permite que donos dos modelos iPhone 14 possam enviar mensagens para serviços de emergência mesmo quando não há conexão com internet móvel ou fixa. Também é possível enviar sua localização manualmente usando o app Buscar.

Por enquanto, esse recurso está disponível apenas em alguns países: Alemanha, Austrália, Áustria, Bélgica, Canadá, EUA, França, Holanda, Irlanda, Itália, Luxemburgo, Nova Zelândia, Portugal e Reino Unido. A Apple diz que o recurso será gratuito por dois anos após a ativação, mas ainda não há informações sobre quanto ele custará após esse período.

Apple iPhone 14 SOS de Emergência via satélite

Serviço é exclusivo para o iPhone 14. Imagem: Apple/Divulgação

 

Rivalidade espacial

O acordo entre a Globalstar e a SpaceX chama atenção porque as duas empresas vêm travando uma disputa pelos direitos de explorar a comunicação via satélite nos EUA.

Segundo o site PCMag, no ano passado a Globalstar entrou com um pedido na Comissão Federal de Comunicações (FCC na sigla em inglês) para impedir que a empresa de Elon Musk explore a faixa de rádio 1,6 GHz e 2,4 GHz para seu serviço Starlink. A alegação é de que isso poderia interferir na comunicação com os satélites da Globalstar.

Por outro lado, a SpaceX acusa a Globalstar de querer minar seus planos de criar uma rede de comunicação para celulares via satélite por meio do Starlink. Algumas operadoras, como a T-Mobile, já firmaram um acordo, mas o serviço ainda aguarda aprovação da FCC.

Por outro lado, como aponta o The Wall Street Journal, isso reflete como a SpaceX possui atualmente o monopólio sobre o lançamento de foguetes nos EUA. Em 2023, 88% dos lançamentos do país tiveram participação da empresa de Elon Musk, o que faz com que seus rivais nos negócios não tenham alternativas.

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Igor Nishikiori

Igor Nishikiori

Formado em Jornalismo pela Faculdade Cásper Líbero. Já passou pelas redações da Editora JBC, São Paulo Shimbun, Folha de S. Paulo e Portal R7. Prefere o lado alternativo das coisas, de música a futebol.

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