A partir da próxima temporada europeia de futebol o Spotify passará a estampar a camisa de um dos maiores clubes de todos os tempos, o Barcelona. O acordo ainda prevê um contrato de naming rights, onde o nome do plataforma de música vai para o Camp Nou, estádio da equipe catalã. Segundo jornais esportivos espanhóis, o acordo valerá ao Barcelona 70 milhões de Euros (R$ 360 milhões) por temporada, até 2026.
O acordo é um movimento que vem se popularizando no meio esportivo e que foi potencializado diante das dificuldades econômicas impostas pela pandemia: apostar em acordo com empresas que dominam ou crescem no mercado digital.
Embora o Barcelona continue sendo um time icônico na história do futebol, nos últimos anos atravessa uma crise financeira — agravada pela pandemia –, que começou a refletir dentro dos gramados. Após a vexatória derrota por 8 x 2 para o Bayern de Munique na Champions League, a imprensa esportiva espanhola passou a noticiar também conflitos internos entre a diretoria do clube, que culminou com a renúncia do então presidente do clube, Josep Maria Bartomeu.
Em 2021, a crise se agravou ainda mais, já que o time estava arrecadando pouco e tinha no elenco jogadores com altos salários. A situação do clube impediu até mesmo a renovação do maior jogador de sua história, Lionel Messi, que acabou indo para o PSG no início da temporada.
Para contornar essa situação, o Barcelona fechou o contrato com o Spotify de música, seguindo uma tendência de outras empresas que é apostar no crescente mercado de tecnologia, ativos digitais ou streaming para alavancar suas receitas. No caso do Barcelona, a meta mais imediata é se reorganizar financeiramente para ter um elenco competitivo para disputar títulos importantes.
Outro bom exemplo disso é a empresa Crypto.com que assinou um acrodo de naming rights com o lendário Staples Center em Los Angeles — estádio que sedia jogos dos Lakers e Clippers da NBA. A empresa de criptomoedas já possui um acordo com o Paris Saint-Germain, da França, e também tem uma parceria com alguns circuitos de Formula 1 e com a equipe Aston Martin.
Na Premier League, primeira divisão do futebol inglês, 18 dos 20 times que disputam o campeonato têm algum tipo de acordo com empresas de ativos digitais.
Contratos com entidades do meio esportivo ajuda empresas do mundo digital, e, principalmente, as companhias que trabalham com ativos digitais, a atingirem novos públicos e tornar suas marcas mais conhecidas, já que grande partes das pessoas nunca teve contato ou não sabe exatamente como funciona esse universo. Este tipo de acordo acaba se tornando muito benéfico para os dois lados.
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