_Cultura

“Star Trek” introduz novo personagem não-binário para conexão com Spock

Celebrando a diversidade, a nova safra de séries da franquia tem focado em abordar e tratar com naturalidade a causa LGBTQIA+. Veja detalhes desse 7º episódio de “Star Trek: Strange New Worlds”

"Star Trek" introduz novo personagem não-binário para conexão com Spock

Imagem: Paramount+/Divulgação

O Paramount+ confirmou que a atriz trans Jesse James Keitel fará uma participação especial na série “Star Trek: Strange New Worlds”, que está atualmente em exibição no serviço de streaming. Ela interpretará um personagem não-binário e terá uma interação com Spock (papel de Ethan Peck).

Segundo o Trek Movie, Keitel aparecerá no 7º episódio da primeira temporada, interpretando Dr. Aspen, que trabalhou como conselheiro da Frota Estelar, mas decidiu mudar de carreira e seguir em um trabalho de ajuda humanitária.

O episódio em questão também terá a direção do diretor trans Sydney Freeland, conhecido pelo trabalho na série de comédia “Reservation Dogs”, disponível no streaming Star+. Já Keitel faz parte do elenco de “Queer as Folk”, nova série LGBTQIA+ que estreou neste mês no serviço Peacock, mas que ainda não tem previsão de estreia no Brasil.

No Twitter, Jesse James Keitel disse estar emocionada por fazer parte da família de Star Trek. Imagem: Trek Movie

Não está claro como será essa interação de Aspen com Spock, mas foi revelado que será desenvolvido “uma conexão surpreendente”. Conforme visto nos episódios já disponibilizados, o meio-vulcano Spock está dividido entre o seu dever a bordo da espaçonave Enterprise e o compromisso com a recém-esposa vulcana T’Pring.

Vale lembrar que Spock é filho da humana Amanda Grayson e do vulcano Sarek. O preconceito em torno desse romance interespécies, bem como as dificuldades de Spock por ser um híbrido, também é abordado de forma recorrente em Star Trek.

Diversidade em Star Trek

Ao longo dos últimos 56 anos de sua história, Star Trek tratou de abordar vários temas profundos e delicados sobre a natureza humana, incluindo a identidade de gênero. Entretanto, essa questão se tornou mais evidente –e sendo tratada com maior naturalidade–, nas mais recentes séries.

“Star Trek: Discovery”, por exemplo, que estreou a nova safra de séries, trouxe o primeiro casal abertamente homossexual da franquia, o tentente Paul Stamets (Anthony Rapp) e o Dr. Hugh Culber (Wilson Cruz). Nesta mesma série, também foi introduzida Adira (Blu Del Barrio), uma personagem explicitamente não-binário; e Grey (Ian Alexander), um transgênero da raça Trill.

Inclusive, Discovery recebeu no ano passado o prêmio GLAAD de Melhor Drama, por mostrar na tela representações justas, precisas e inclusivas da comunidade lésbica, gay, bissexual, transgênero e queer, assim como os problemas que afetam suas vidas.

Além disso, no final da primeira temporada de “Star Trek: Picard”, do Prime Video, vemos um romance lésbico nascendo entre as personagens Raffi Musiker (Michelle Hurd) e Sete de Nove (Jeri Ryan).

Além do personagem não-binário de Keitel, Strange New Worlds tambem já apresentara a enfermeira Christine Chapel (Jess Bush), que revelou em um diálogo que ela tem tido encontros românticos não apenas com homens, mas também com mulheres.

A primeira temporada de “Star Trek: Strange New Worlds” estreou no dia 6 de maio no streaming Paramount+. Novos episódios da série são liberados todas as sextas-feiras.

Sair da versão mobile