Ciência

“Star Trek” previu: cientistas estão perto de criar metal transparente

Assim como o alumínio transparente de “Star Trek”, os óxidos de alumínio são materiais extremamente resistentes, mas o processo de fabricação ainda é muito caro.
Imagem: YouTube/Reprodução

O alumínio transparente de “Star Trek” não está tão distante realidade. Isso porque novas pesquisas sobre óxido de alumínio transparente (TAlOx) vem mostrando o seu potencial de uso em várias aplicações.

O conceito do “alumínio transparente” aparece pela primeira vez no filme “Jornada nas Estrelas IV — A Volta para Casa”. No longa, os tripulantes da USS Enterprise viajam no tempo para resgatar baleias jubartes e precisam construir um tanque do metal transparente no interior de uma nave, usando tecnologia dos anos 1980, para voltar ao século 24. Reveja a cena:

Assim como o metal transparente de “Star Trek”, os óxidos de alumínio são materiais extremamente resistentes, ideais para fabricação de sensores ópticos, painéis solares e até smartphones.

Metal transparente e suas aplicações fora da ficção

Em um estudo publicado no início de janeiro, cientistas da Universidade Ateneo de Manila, nas Filipinas, detalham uma nova técnica, mais barata e sustentável, para fabricar o metal transparente.

A técnica, em vez de inserir folhas inteiras do metal em soluções ácidas, consiste em aplicar microgotículas da solução em pequenas superfícies de alumínio. Em seguida, usando uma corrente elétrica com somente dois volts durante 10 minutos, os cientistas conseguiram criar o TAlOx — o metal transparente similar ao vidro.

Segundo os cientistas, o processo é a anodização em escala de gotículas. Além de simplificar a fabricação do metal, esse processo reduz a produção de lixo químico e o consumo de energia.

Os cientistas criaram o processo com base na eletroumectação, a habilidade de controlar através da eletricidade interações entre compostos líquidos e superfícies sólidas. A abordagem, aliás, pode tornar o metal transparente mais acessível para diferentes aplicações.

De acordo com o estudo, algumas aplicações incluem a fabricação de displays touchscreen, lentes para câmeras, revestimentos para casas e veículos com alta durabilidade e eletrônicos em micro e nanoescala.

Aliás, os cientistas destacam que “converter superfícies metálicas em camadas isolantes e transparentes de microescala possibilita novas formas de fabricação de transistores”.

Pablo Nogueira

Pablo Nogueira

Jornalista e mineiro. Já escreveu sobre tecnologia, games e ciência no site Hardware.com.br e outros sites especializados, mas gosta mesmo de falar sobre os Beatles.

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