O lançamento da espaçonave Starliner, da Boeing, que planejava transportar humanos ao espaço pela primeira vez, foi novamente adiada pela NASA. Agora, a missão deve decolar somente na próxima terça-feira (21).
Após 15 anos de desenvolvimento, a nave decolaria no último dia 6 de maio, porém, o lançamento foi cancelado duas horas antes por um problema com uma válvula do foguete Atlas V, da norte-americana Lockheed Martin. Inicialmente, a NASA adiou a viagem para o dia 10 e, posteriormente, para esta sexta-feira (17).
Porém, de acordo com a Boeing, a nova data para o lançamento será 21 de maio, às 17h43 (horário de Brasília). Isso porque a empresa detectou um novo problema: um vazamento de hélio no sistema de propulsão da Starliner.
“A NASA e a Boeing estão desenvolvendo testes da espaçonave e soluções operacionais para lidar com o problema”, acrescentou a empresa em um comunicado.
Assim, a missão já acumula dois adiamentos, anos de atraso e mais de US$ 1,5 bilhão acima do orçamento que estava previsto anteriormente.
Este vai ser o terceiro voo da Starliner, mas o primeiro tripulado, já que os dois anteriores foram missões não-tripuladas também enviadas à ISS.
Por que este lançamento é tão importante?
O objetivo da Boeing é que o Starliner seja um concorrente da Crew Dragon, da SpaceX.
Isso porque o equipamento da Boeing — uma das maiores fabricantes mundiais de aeronaves — está sendo desenvolvido há quase 15 anos e a empresa enfrentou dificuldades e atrasos com a fabricação da espaçonave.
Em 2019, por exemplo, durante o primeiro teste não tripulado, ela não conseguiu atingir a órbita planejada devido a problemas técnicos. Felizmente, em 2022, a nave — também sem astronautas a bordo — conseguiu acoplar na ISS. Ela permaneceu 5 dias em órbita, antes de retornar à Terra em segurança.
Agora, espera-se que a Starliner (finalmente) consiga transportar os dois astronautas com a ajuda de um foguete da Lockheed Martin (responsável por construir as naves das missões Artemis).
Características da nave da Starliner, da Boeing
A cápsula tem um diâmetro de 4,56 metros, que será um pouco maior do que o módulo de comando da Apollo e menor do que o da cápsula Orion.
A CST-100 Starliner irá transportar equipes maiores, com até sete pessoas. A Boeing desenhou a espaçonave para permanecer no espaço por períodos de até sete meses e reutilizada 10 vezes.
Além disso, ela também será compatível com vários veículos de lançamento, incluindo o Atlas V, Delta IV, e Falcon 9.