Uma startup quer revolucionar o mercado alimentício com sua nova criação: um “ovo em pó” que não tem origem animal. Esse produto promete ser uma alternativa sustentável e saudável para os amantes de ovos, sem envolver a exploração de galinhas.
De acordo com a empresa, eles utilizam o fungo Trichoderma reesei e fermentação para criar uma alternativa à clara de ovo sem origem animal chamada Bioalbumen.
Segundo a Onego Bio, essa combinação resulta em um produto com textura e sabor semelhantes aos ovos tradicionais, mas sem qualquer envolvimento animal.
Ele é comercializado em formato de pó e pode ser usado em receitas caseiras ou industriais de panificação, como bolos, tortas e pães.
Onego Bio afirma que o Bioalbumen é “bioidêntico” à ovalbumina, que é a principal proteína da clara do ovo de galinha.
Também contém todos os aminoácidos essenciais e é rico em proteínas: 90 gramas por 100 gramas de clara de ovo. Além disso, a empresa consegue produzi-lo com uma pegada ambiental 90% menor em comparação aos ovos de galinha.
Além disso, de acordo com a empresa, é uma excelente opção para veganos, intolerantes ou alérgicos a ovos, bem como para aqueles que buscam reduzir o consumo de produtos de origem animal.
“Esta combinação poderosa impulsionou o nosso rápido crescimento, permitindo-nos fornecer um ingrediente revolucionário que é incomparável em termos de funcionalidade, sabor e textura”, disse em um comunicado Maija Itkonen, cofundadora e CEO da Onego Bio.
A Onego está no caminho certo para receber o status de alimento seguro pela FDA, a Anvisa dos EUA. Após sua aprovação nos EUA, a empresa pretende expandir para a Europa, América do Sul e Ásia.
Crueldade animal além do ovo
O anúncio da nova tecnologia para ovos sem exploração animal acontece durante o chamado de Abril laranja. Este é o mês de conscientização e reforço da luta contra a crueldade animal.
Ainda assim, diversos são os exemplos mundo afora em que esses seres vivos são colocados sob situação de abuso e maus tratos. Agora, um novo estudo publicado na revista Environment and Planning E: Nature and Space aponta a situação dos pintinhos.
Segundo a pesquisa, sete bilhões de pintinhos machos são triturados ou gaseados vivos pela indústria de ovos a cada ano. Isso porque eles não podem ser incorporados nesse mercado, uma vez que não botam ovos, e também não são queridos pela área de frangos de corte. Neste post, por fim, o Giz Brasil explica um pouco mais sobre a situação alarmante que estes animais vivem.
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