Streaming

Governo propõe lançar streaming gratuito para produções nacionais

A criação de um streaming estatal, que já vinha sendo discutida há meses, voltou a ser debatida esta semana
Imagem: Pexels/Reprodução

Streamings gratuitos, como o Pluto TV, por exemplo, já são realidade há algum tempo. Mas agora, o Brasil pode estar mais perto de ter uma plataforma própria e gratuita para produções nacionais, segundo informações da Agência Brasil.

O tópico voltou à discussão nesta quarta-feira (30), no Seminário do Audiovisual Brasileiro. Na ocasião, a diretora de Conteúdo e Programação da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Antonia Pellegrino, defendeu a criação de um streaming estatal para distribuição de produções nacionais independentes.

“Precisamos pensar um streaming público, parrudo, capaz de dar conta de todo o repertório que a EBC irá receber de um conjunto de obras”, disse, revelando ter debatido o assunto com Ancine (Agência Nacional do Cinema).

De acordo com as novas informações, a TV Brasil, a rede de televisão da EBC, vai receber novas produções viabilizadas pelo Prodav (Programa de Apoio ao Desenvolvimento do Audiovisual Brasileiro) na programação a partir deste mês. Além disso, outras iniciativas, como a Lei Paulo Gustavo, também incentivam a cultura no Brasil – o que poderia fortalecer o catálogo do streaming estatal.

No evento, o presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercandante, defendeu ainda a regulamentação das plataformas de streaming de audiovisual, citando como exemplo a União Europeia (via Poder360).

Streaming nacional já é discutido há meses

Em janeiro deste ano, uma reportagem do Na Telinha afirmou que a plataforma do governo incluiria “filmes, séries, minisséries e documentários que recebem recurso público”. Ou seja, após um filme deixar os cinemas, ele poderia migrar para o streaming nacional. Mas sem impedir uma tentativa de venda para um concorrente.

O objetivo da EBC é preservar o conteúdo nacional, bem como ampliar a imagem do país no exterior. Porém, as produtoras de pequeno e médio porte ainda precisam enfrentar desafios, como a importação de equipamento, para alcançarem plataformas maiores, como a Netflix, por exemplo.

No entanto, em entrevista ao jornal O Tempo, o secretário-executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, disse que streaming público não quer competir com os serviços privados, mas sim, disponibilizar à população um conteúdo “que é um direito de todos nós”.

Enquanto o streaming do governo continua sem previsão de lançamento, saiba como assistir a filmes de graça no Sesc Digital.

Isabela Oliveira

Isabela Oliveira

Jornalista formada pela Unesp. Com passagem pelo site de turismo Mundo Viajar, já escreveu sobre cultura, celebridades, meio ambiente e de tudo um pouco. É entusiasta de moda, música e temas relacionados à mulher.

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