No último ano, os astrônomos vêm encontrando inúmeros planetas potencialmente habitáveis espalhados pelo universo. E agora temos mais um para a coleção: o Gliese 832 c, que fica a 16 anos-luz de distância.
Esta superterra tem cinco vezes a massa da Terra, e orbita uma estrela anã vermelha com metade da massa e do raio do nosso Sol.
O Gliese 832 c também é um dos três planetas mais parecidos com a Terra já descobertos; seu ESI (Índice de Similaridade com a Terra) é de 81%. O índice leva em conta o diâmetro do exoplaneta, sua densidade, campo gravitacional e temperatura da superfície.
No entanto, o mais importante sobre o Gliese 832 c é que ele recebe a mesma quantidade de energia, em média, que a Terra recebe do Sol. Isso o coloca em uma “zona habitável”, uma combinação específica de distâncias que permitiria a existência de água líquida na superfície do planeta.
Mas ele não é o único exoplaneta potencialmente habitável. Vamos recapitular:
- em 2012, astrônomos descobriram que um dos planetas orbitando a estrela Tau Ceti, a 12 anos-luz de distância, está na zona habitável;
- em 2013, tivemos a descoberta de Kepler 62 e e Kepler 62 f, os dois planetas mais perfeitos para se existir vida;
- este ano, comentamos sobre o planeta Kepler 186f, primeiro planeta do tamanho da Terra em zona habitável;
- e este mês, cientistas revelaram a descoberta do Kapteyn b, um planeta próximo da Terra e potencialmente habitável.
Estes são apenas alguns exemplos: o Catálogo dos Exoplanetas Habitáveis reúne 23 candidatos onde poderia existir vida – e esse número dobrou no último ano. Eles estão na imagem abaixo, organizados por distância (ly = anos-luz):
Na verdade, um estudo diz que uma em cada cinco estrelas parecidas com o Sol conta com um planeta do tamanho da Terra. Ou seja, haveria cerca de 20 bilhões de planetas como a Terra apenas na Via Láctea. Com telescópios melhores, nós poderemos descobrir ainda mais candidatos a exoplanetas onde talvez haja vida.
O desafio, claro, é chegar até a esses planetas. O recém-descoberto Gliese 832c fica a 16 anos-luz de distância. A sonda Voyager 2, no espaço há 36 anos, só percorreu 0,00165 ano-luz. A menos que o motor de dobra espacial se torne realidade, será difícil chegar à Nova Terra. [PHL]
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Imagens por PHL