Superdotados: como o Brasil encontra seus novos mini gênios?
Algumas crianças são inteligentes, outras são acima da média. E há os mini gênios, que possuem QI superior a 98% da população. Aqueles que se enquadram nessa categoria podem ingressar na Mensa, organização de superinteligentes presente em cerca de 100 países e com um braço no Brasil.
A Mensa foi criada em 1946 na Inglaterra com o objetivo de juntar pessoas brilhantes. Hoje, diz que sua missão “identificar e fomentar a inteligência humana para benefício da sociedade, incentivar pesquisas sobre a natureza, características e usos da inteligência e fornecer um ambiente intelectual e socialmente estimulante para seus membros”.
Só podem ingressar na associação aqueles 2% que possuem QI muito acima do normal. Há também uma pequena restrição de idade: o mini gênio deve ter mais que dois anos e seis meses.
E como saber se o pequeno possui tal nível de inteligência? Pais e adultos interessados podem fazer a inscrição para testes coletivos ou individuais aplicados pela própria Mensa. O conteúdo dos exames é o mesmo, tendo apenas uma alteração no valor. O teste coletivo sai por R$ 98 enquanto o individual custa R$ 148.
Em seu site, a Mensa explica que na Europa a associação administra seus próprios testes, enquanto que em países como EUA e Brasil são realizados testes padronizados, referendados pelos órgãos regulamentadores locais.
Há outra opção: enviar diretamente um laudo de teste psicométrico (reconhecido no Brasil) para a Mensa. Esse deve ter sido administrado por psicólogo registrado no Conselho Regional de Psicologia. Os testes aceitos e valores envolvidos podem ser encontrados neste link.
Após ser aceito na Mensa, o novo membro deverá pagar uma anuidade de R$ 125. As pessoas consagradas tem acesso a diversos convênios, além da possibilidade de participar de prêmios e tentar bolsas no Brasil e no exterior.
Mini gênios brasileiros
No Brasil, há 297 menores de idade com QI elevado. Apenas em São Paulo, são 109 crianças e adolescentes nesta categoria. Uma delas é Athena Macário Silveira, uma amapaense de três anos que começou a falar aos nove meses de idade.
Os pais submeteram a pequena a uma série de testes neuropsicológicos e, aos dois anos e meio, a menina já contava com um laudo de mais de 20 páginas atestando sua inteligência. O QI de Athena está entre 120 e 129, o que a coloca como uma criança superinteligente. Os superdotados possuem QI superior a 130.
É o caso do amazonense Benício Gonzaga, de cinco anos. O pequeno tem QI de 146, demonstrando habilidades acima da média desde os primeiros meses de vida. Com um ano de idade, o menino já sabia reconhecer as letras e, aos três, conseguia ler frases inteiras e dizer as cores em inglês.