Menina amapaense de 3 anos é a mais jovem superinteligente do Brasil

Fã de jogos de raciocínio, Athena Macário Silveira começou a falar aos nove meses e tem QI de 129 - bem acima da média, de 100
Menina amapaense de 3 anos é a mais jovem superinteligente do Brasil
Imagem: Arquivo pessoal/reprodução

A amapaense Athena Macário Silveira, de apenas três anos, é a mais nova criança superinteligente da Sociedade Mensa, grupo que reúne as pessoas de mais alto QI (quociente de inteligência) do mundo. 

Os pais de Athena, Daniela Macário e Daniel Silveira, perceberam o desenvolvimento acima da média da menina logo nos primeiros meses de vida. Ao contrário da irmã mais velha, Alexandra, ela firmou o pescoço mais cedo e quase não chorava.

Além disso, Athena começou a falar aos nove meses. O esperado é que isso aconteça a partir do primeiro ano. Os pais, então, buscaram por ajuda especializada: fizeram testes neuropsicológicos reconhecidos pelo Conselho Federal de Psicologia.

“Foram várias avaliações”, contou Daniel, que é médico, ao G1. “De QI, linguagem, criatividade, concentração, TDAH [transtorno de déficit de atenção e hiperatividade], que são comuns em pessoas com altas habilidades, mas em Athena essas patologias não foram atestadas”. 

Segundo Daniel, o laudo da neuropsicóloga tem mais de 20 páginas e mostra que o QI de Athena tem percentil de 98%. Como os testes foram feitos quando ela tinha apenas 2 anos e meio, isso coloca a amapaense como uma criança superinteligente. 

Na classificação, superinteligentes têm habilidades muito acima da média em uma ou mais áreas. O QI dessas pessoas costuma ficar entre 120 e 129, um pouco a menos que o dos superdotados, que têm QI maior que 130. 

Grupo seleto 

Athena é uma “criança da pandemia” – ela nasceu em outubro de 2019, meses antes do primeiro registro da Covid-19, em janeiro de 2020. Por causa disso, a menina ficou muito tempo em casa e começou seu desenvolvimento com jogos de raciocínio – seus preferidos. 

“Ela foi um bebê criado dentro de casa, é da geração pandemia”, conta Daniel. “Então, para ela e a irmã não ficarem ociosas no apartamento, inventamos várias atividades e víamos o desenvolvimento de Athena, mas pensávamos que era só coisa dos pais-corujas achando que a filha é inteligente”. 

Com o reconhecimento da Mensa, Athena passa a fazer parte da pequena parcela de crianças superinteligentes do Brasil. Em todo o país, são 297 menores de idade com QI superior. Só no estado de São Paulo, são 109 crianças e adolescentes da categoria. Athena é a primeira do Amapá. 

Fundada em 1946 no Reino Unido, a Sociedade Mensa é a mais antiga e instituição para pessoas de alto QI do mundo. Recentemente, a entidade iniciou uma campanha para aumentar o número de membros superinteligentes. Para isso, passou a realizar testes periódicos em cidades brasileiras, a fim de rastrear novos talentos. 

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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