Superlua e chuva de meteoros: saiba o que observar no céu de julho

Planetas como Mercúrio, Vênus e Marte poderão ser observados ao mesmo tempo no céu. Entenda esta e outras atrações de julho na listinha do Giz Brasil
fotografia da lua, por tim mccartney
Imagem: Tim McCartney/Unsplash/Reprodução

Boas notícias para quem gosta de observar o céu noturno. Julho promete grandes atrações, da primeira superlua do ano à chuva de meteoros Delta Aquarídeos. As constelações de Escorpião e Sagitário estarão visíveis bem no alto do céu, e o mês ainda conta com algumas conjunções de planetas.

O Giz Brasil preparou o calendário astronômico do mês para você não perder nada disso. Lembre-se: aplicativos gratuitos como Stellarium ou Star Walk ajudam a localizar os astros, e um binóculo é sempre uma boa pedida para observar o céu noturno com mais detalhes.

1ª superlua de 2023

Na noite desta segunda (3), a primeira superlua de 2023 vai aparecer no céu. Como o nome sugere, trata-se de um fenômeno em que o satélite parece maior e mais brilhante do que o normal. Isso acontece quando a fase cheia da lua coincide com seu perigeu: o momento da aproximação máxima da lua com a Terra, 360 km de distância, em determinado mês.

Esta superlua é conhecida como “lua dos cervos”. Os apelidos variam regionalmente, claro, mas este é bastante popular. Ele vem de tradições de povos indígenas norte-americanos, que associavam a lua cheia de julho com o crescimento dos chifres dos cervos nesta época (verão, no hemisfério norte).

Estima-se que a lua parecerá 7 % maior do que o comum. Para observá-la em todo seu esplendor, uma dica é fazê-lo nas primeiras horas após sua aparição no céu. Isso garante que você verá o satélite quando ele ainda estiver próximo de referenciais terrestres no horizonte, como prédios e árvores, que nos ajudam a ter uma dimensão melhor da diferença aparente de tamanho.

Fases da Lua

3 de julho – Lua cheia

9 de julho – Lua minguante

17 de julho – Lua nova

25 de julho – Lua crescente

No dia 13, a lua estará em conjunção com as Plêiades, ou seja, bem próxima de um aglomerado de estrelas localizado na constelação de Touro. Posteriormente, no dia 24, ela estará próxima da estrela Spica, a mais brilhante da constelação de Virgem. Depois, no dia 28, será a vez de Antares, mais brilhante de Escorpião. 

O satélite também aparecerá bem próximo de alguns planetas no mês de julho. Confira abaixo.

Planetas: visibilidade e conjunções

Saturno estará visível o mês inteiro por toda a noite, na região da constelação de Aquário. O mesmo vale para Júpiter, na região da constelação de Áries. Entre os dias 6 e 7, a Lua estará em conjunção com Saturno – ou seja, muito próxima do planeta no céu. Entre os dias 11 e 12, será a vez de Júpiter. Você poderá observar melhor a conjunção durante a madrugada.

Nesta segunda (3), Marte e Vênus estarão em conjunção na região da constelação de Leão. No dia 10, o planeta vermelho fica mais próximo da estrela Regulus, o ponto mais brilhante de Leão. Para localizá-lo, a dica de especialistas é olhar para o oeste no começo da noite, até as 20h.

No dia 18, a lua estará próxima de Mercúrio. Ambos estarão visíveis apenas por meia hora após o pôr do sol. No dia 19, eles recebem a companhia de Marte e Vênus. A partir daí, os três planetas poderão ser observados juntos pelo restante do mês, na região da constelação de Leão. Mercúrio ficará mais pertinho de Regulus no dia 28.

É fácil diferenciá-los no céu: Mercúrio será o ponto menos brilhante do conjunto; Vênus, o mais brilhante. Você identifica Marte, a leste de Vênus, pelo brilho avermelhado do planeta.

Uma curiosidade bônus sobre o nosso próprio planeta: a Terra atingirá seu ponto mais afastado do sol, a 152 milhões de quilômetros, às 17h06 do dia 6, no horário de Brasília.

Chuva de meteoros

Julho termina com o pico da chuva de meteoros Delta Aquarídeos, que aparece anualmente no céu, entre o meio de julho e o fim de agosto. O radiante da chuva de meteoros – ou seja, o ponto no céu de onde eles parecem vir – é a constelação de Aquário, cuja terceira estrela mais brilhante se chama Delta. Daí o nome da chuva.

Acredita-se que os meteoros desta chuva são detritos do cometa 96P/Machholz, que completa uma volta ao redor do Sol a cada 5 anos. Segundo a NASA, o cometa tem cerca de 6,4 quilômetros de diâmetro e foi descoberto por Donald Machholz, em 1986.

A má notícia é que esses meteoros não são tão brilhantes assim, então pode ser difícil de identificá-los – principalmente se a lua estiver bem visível onde você estiver.

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