Surpresa: os novos ricos da internet brasileira são pessoas comuns
Você pode dizer "ei, mas não é de hoje que aqueles que têm boas ideias se dão bem, pô". Faz sentido, e pode até soar um tanto óbvio. Mas hoje, com a internet e suas novas ferramentas, além de sua velocidade absurda, não é preciso ser um gênio (nem ter tanto dinheiro assim) para ter uma sacada e antecipar uma tendência. Entre os relatos e histórias – que envolvem os sites de compras coletivas, sites de leilões e consultorias de redes sociais – a que mais explicita o pessoa normal é a de Breno Masi, da Fingertips, empresa que desenvolve aplicativos para iPhone. Usuário conhecido dos fóruns da Apple e early adopter do iPhone, ele conta que antes de abrir a empresa, dava seus pulos para viver:
“Eu era do ‘lado escuro da força’.” É como Breno Masi, sócio da Fingertips, define o que fazia antes de ter aberto a empresa, em 2008. Naquele ano, Steve Jobs, presidente da Apple, apresentava a loja virtual de aplicativos para o celular-computador iPhone. Até então, Masi ganhava dinheiro desbloqueando irregularmente iPhones para uso no Brasil, a R$ 599 por aparelho. Ele tem currículo nesse submundo: foi o primeiro brasileiro a desbloquear o iPhone 3GS e o primeiro no mundo a desbloquear o iPhone 3G. Quando o celular chegou oficialmente ao Brasil, a clientela encolheu. Masi então se uniu a dois sócios para iniciar a Fingertips, primeira desenvolvedora brasileira de aplicativos para o iPhone.
(UPDATE: Sim, há um bocado de controvérsia sobre a informação da revista Época, que parece estar trocada – estamos citando a Época, ok? – de que ele foi o primeiro a desbloquear. Mas é inegável que ele foi um dos primeiros do mundo, reconhecido pelo próprio Gizmodo americano. E fazia o serviço com o método do Geohot no Brasil.) Viu só? De hacker conhecido em fóruns para o mundo dos carros importados, jantar com famosos e vários dígitos na conta. Confira todas as histórias clicando aqui ao lado e visitando o site da Época. [Época]