Suspenso no Twitter, Kanye West compra a rede de direita Parler
Uma semana depois de ter sua conta no Twitter suspensa, o rapper norte-americano Kanye West, também conhecido como Ye, fechou um acordo para comprar a rede social de direita Parler.
Em nota lançada nesta segunda-feira (17), a dona atual da Parler disse que o negócio vai elevar a plataforma para um “ecossistema não cancelável, onde todas as vozes são bem-vindas”.
“Em um mundo onde as opiniões conservadoras são vistas como controversas, temos que ter certeza de que temos o direito de nos expressar livremente”, disse West no comunicado.
No dia 9, o Twitter bloqueou a conta do rapper depois que West tuitou discursos antissemitas. Foi o primeiro tuíte dele desde 2020. Poucas horas antes, o Instagram havia bloqueado a conta do rapper pelo mesmo conteúdo.
A nota não divulgou quanto West deve pagar pela aquisição da rede. Até agora, a Parler levantou US$ 56 milhões em fundos.
A rede, que se autodenomina uma “plataforma global de liberdade de expressão”, tem políticas de moderação bem menos rígidas e ganhou notoriedade durante a invasão do Congresso dos EUA, em janeiro de 2021.
À época, usuários incitaram a violência contra os congressistas que verificavam a derrota do republicano Donald Trump à presidência dos EUA. Depois disso, lojas como Amazon Web Services, Play Store e App Store baniram o app.
Já West é conhecido por se envolver em uma série de polêmicas e controvérsias. Ele se candidatou à presidência em 2018, mas desistiu ao receber apenas 60 mil votos em 12 estados norte-americanos.
Além disso, o rapper enfrentou críticas por usar uma camiseta com “White Lives Matter” (Vidas Brancas Importam, na tradução livre) e fazer outros comentários antissemitas. Ele recebeu o diagnóstico de transtorno bipolar em 2016.