Suspenso no Twitter, Kanye West compra a rede de direita Parler

Os diretores da Parler não divulgou os termos do acordo com Kanye West; a rede ficou conhecida após a invasão ao Congresso dos EUA, em 2021
Suspenso no Twitter, Kanye West compra a rede de direita Parler
Imagem: Cosmopolitan UK/WikiCommons/Reprodução

Uma semana depois de ter sua conta no Twitter suspensa, o rapper norte-americano Kanye West, também conhecido como Ye, fechou um acordo para comprar a rede social de direita Parler

Em nota lançada nesta segunda-feira (17), a dona atual da Parler disse que o negócio vai elevar a plataforma para um “ecossistema não cancelável, onde todas as vozes são bem-vindas”. 

“Em um mundo onde as opiniões conservadoras são vistas como controversas, temos que ter certeza de que temos o direito de nos expressar livremente”, disse West no comunicado. 

No dia 9, o Twitter bloqueou a conta do rapper depois que West tuitou discursos antissemitas. Foi o primeiro tuíte dele desde 2020. Poucas horas antes, o Instagram havia bloqueado a conta do rapper pelo mesmo conteúdo. 

A nota não divulgou quanto West deve pagar pela aquisição da rede. Até agora, a Parler levantou US$ 56 milhões em fundos. 

A rede, que se autodenomina uma “plataforma global de liberdade de expressão”, tem políticas de moderação bem menos rígidas e ganhou notoriedade durante a invasão do Congresso dos EUA, em janeiro de 2021. 

À época, usuários incitaram a violência contra os congressistas que verificavam a derrota do republicano Donald Trump à presidência dos EUA. Depois disso, lojas como Amazon Web Services, Play Store e App Store baniram o app. 

Já West é conhecido por se envolver em uma série de polêmicas e controvérsias. Ele se candidatou à presidência em 2018, mas desistiu ao receber apenas 60 mil votos em 12 estados norte-americanos. 

Além disso, o rapper enfrentou críticas por usar uma camiseta com “White Lives Matter” (Vidas Brancas Importam, na tradução livre) e fazer outros comentários antissemitas. Ele recebeu o diagnóstico de transtorno bipolar em 2016.

Julia Possa

Julia Possa

Jornalista e mestre em Linguística. Antes trabalhei no Poder360, A Referência e em jornais e emissoras de TV no interior do RS. Curiosa, gosto de falar sobre o lado político das coisas - em especial da tecnologia e cultura. Me acompanhe no Twitter: @juliamzps

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