Ontem bati um longo papo com executivos da Microsoft, da área do Office. Eles disseram quão impressionante foi a guinada nas vendas depois da redução de preço em abril de 2008, quando a edição Home & Student do Office 2007, com 3 licenças, passou a ser vendida abaixo da mágica barreira de R$ 200. "As vendas mais que duplicaram em volume depois do corte!", comentou um deles. Eu nunca imaginei que as pessoas comprariam mais um produto se ele fosse mais barato.
O site cmyplay fez uma pesquisa de preços em todas as lojas oficiais da Apple online pelo mundo. O parâmetro era o preço do Macbook Pro mais simples, de 2.26 GHz e 13''. Eles descobriram que no Brasil, o que se paga por um notebook mais caro é suficiente para comprar dois do mesmo tipo nos EUA. Estamos em primeiríssimo (ou último?) de 31 países com representação da Apple. YAY!
Tecnologia
Roraima era um dos últimos estados do Basil em que os seus habitantes não tinham possibilidade de comprar qualquer plano de banda larga residencial. A história mudou agora, como anunciou o governo do estado há alguns dias. Mas será que é justo chamar de banda larga a internet que seria rápida há 10 anos, ou isso só serve para justificar os preços abusivos? A única fornecedora por lá é a Oi, que cobra R$ 69,90 pelo acesso de 300 kbps e R$ 99,90 pelo de 600 kbps. [UPDATE]
Tecnologia é cara no Brasil. Ontem vimos que vale mais à pena ir a Miami comprar um jogo que pagar impostos e molho especial por aqui. Mas os EUA são do mal e há um monte de chatices no processo. É melhor ir comprar as coisas do Paraguai: é mais perto e você ainda ajuda o Mercosul. O nosso governo quer reforçar a sacolagem: esta semana anunciou a simplificação e redução dos impostos sobre coisas compradas do outro lado da Ponte da Amizade.
A edição especial de Beatles: Rock Band vem com réplicas de alguns instrumentos do fab four. Decidiram cobrar US$ 250 pela bateria com uma arte diferente, microfone com pedestal e réplica do baixo de Paul. Caro, sem dúvida - as coisas continuam sendo instrumentos de plástico - mas bacana pros fãs. Aí a distribuidora oficial do jogo completo no Brasil pega a calculadora para estabelecer o preço no Bananal: US$ 250 * 1,82 + frete + 60% de importação + ICMS + margem + molho especial = R$ 2.000. Dois. Mil. Reais. Antes que alguém comentasse "com esse dinheiro eu vou aos EUA e compro um lá", o chapa Théo Azevedo fez essa conta. E, de fato, ir a Miami está mais barato.