Tesla atualiza modo Autopilot em carros elétricos para evitar acidentes fatais
Este ano, um motorista morreu em acidente ao dirigir um carro da Tesla no modo semiautônomo. Um dos motivos era que o Autopilot confundiu o lado largo de um caminhão com “uma placa suspensa em um pórtico”. O sistema está sendo atualizado para evitar isso.
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A versão 8.0 do Autopilot usa mais o radar embutido nos veículos Model S e Model X. Segundo o Jalopnik, “o sistema sempre usou uma câmera óptica como sistema primário de prevenção de colisões, com um sistema complementar de radar. Agora, a câmera e radar têm igual importância”.
A Tesla explica que o radar não pode ser usado isoladamente, pois ele detecta pessoas apenas parcialmente, não vê objetos de madeira ou plástico pintado, e acaba superestimando o tamanho de objetos de metal.
A solução é um sistema de aprendizagem de máquina: cada carro da Tesla grava dados sobre as condições da pista e compartilha isso com a empresa. Se um Model S passa por uma estrada e vê o que parece ser uma placa suspensa, ele continua a dirigir. O mesmo acontece da segunda, terceira e quarta vez que um carro da Tesla passar pelo mesmo local.
Na quinta vez, a Tesla terá certeza de que se trata de uma placa suspensa – não de um caminhão de lado, por exemplo – e a adiciona a uma whitelist de locais seguros. No entanto, se um local não estiver na whitelist, o carro vai freando aos poucos ao detectar um obstáculo.
A Tesla explica em blog oficial:
Inicialmente, a frota de veículos não tomará nenhuma ação, exceto anotar a posição das placas de estrada, pontes e outros objetos estacionários, mapeando o mundo de acordo com o radar. O computador do carro, então, silenciosamente compara quando ele teria freado por comando do motorista, e carrega isso para o banco de dados da Tesla. Se vários carros dirigem com segurança por um determinado objeto no radar, esteja o Autopilot ligado ou desligado, esse objeto será adicionado à whitelist geocodificada.
Quando os dados mostrarem que eventos de frenagem errada seriam raros, o carro começará a frear de forma suave usando o radar, mesmo que a câmera não perceba o objeto à frente. À medida que o nível de confiança do sistema aumenta, a força de frenagem aumenta gradualmente para força total quando tiver aproximadamente 99,99% de certeza de uma colisão. Isto nem sempre pode evitar uma colisão completamente, mas a velocidade de impacto será dramaticamente reduzida, evitando lesões graves nos ocupantes do veículo.
Ou seja, o Autopilot ainda estará suscetível a colisões, mas elas devem ser bem menos graves. O próprio Elon Musk reconhece que não existe “segurança perfeita”, e que sempre haverá mortos e feridos na estrada, uma vez que “o mundo é um lugar muito grande, com um enorme número de pessoas e um grande número de circunstâncias”.
No entanto, este pode ser um avanço importante para melhorar a confiança das pessoas em carros semiautônomos e autônomos. Vamos descobrir em breve.
O Autopilot permite ao veículo usar sensores e câmeras para dirigir sozinho e ajustar sua velocidade automaticamente. Joshua D. Brown faleceu quando o Model S dele colidiu com um caminhão enquanto o Autopilot estava ativado. Suspeita-se que ele estava em alta velocidade e assistindo a um filme em um DVD player portátil.
[Tesla Blog via Jalopnik]