Dados da Sensor Tower apontam uma possível desaceleração da audiência de usuários do TikTok na mídia global. Um relatório acessado pelo site norte-americano Insider identificou uma ligeira queda nos EUA.
O monitor mostra que usuários norte-americanos gastaram uma média de 94 minutos por dia assistindo aos vídeos do TikTok em agosto. O número é 9% maior na comparação com o mesmo mês de 2021, mas inferior às taxas de crescimento de 45% ano a ano.
A empresa chinesa ByteDance criou o TikTok em 2016, à época sob o nome Musica.ly. O app começou a se popularizar em 2018, mas teve seu boom em 2020, durante a pandemia.
Os dados demonstram uma mudança no cenário das redes sociais: se antes predominavam mídias com ênfase no texto, como Facebook e Instagram, agora o maior apelo está nas redes em vídeo, como TikTok e YouTube.
A pesquisa mostra que os usuários norte-americanos assistem a uma média de 73 minutos de vídeos na rede de vídeos do Google. É um aumento de 3% em relação a agosto de 2021 – ainda atrás do TikTok.
O YouTube cresceu 9% em janeiro, na comparação com o ano passado, que registrou ligeira queda. O aumento pode ter relação com o YouTube Shorts, formato de vídeos curtos criado em 2020 para disputar com o TikTok.
Na divulgação do relatório financeiro do 2º trimestre deste ano, o CEO da rede, Sundar Pichai, disse que a aba Shorts reúne 30 bilhões de visualizações diárias. Agora, o objetivo é incluir o formato ao app YouTube Kids.
Queda no Facebook e Instagram
Já o Facebook e Instagram registram redução no tempo de exibição de seus usuários, mostram os dados. O tempo gasto no Instagram caiu para 54 minutos, uma queda de 8%. Já o Facebook ficou estável em 45 minutos.
A Meta, empresa-mãe dessas redes, sabe disso. Um relatório interno da Meta vazado na última segunda-feira (12) mostrou a audiência do Reels, no Instagram, não chega a 20% da registrada no TikTok.
O relatório “Creators x Reels State of the Union 2022” foi publicado para os funcionários da Meta em agosto. Ali, a big tech alerta para queda de 13,6% no engajamento do Reels em julho. “A maioria dos usuários do Reels não tem nenhum engajamento”, diz o documento.