Tinder leva multa milionária após cobrar o dobro de pessoas com 30 anos ou mais

O Tinder vai ter que pagar US$ 17,25 milhões em multas (parte em dinheiro e outra parte em recursos no aplicativo) para usuários acima de 29 anos que tiveram de pagar a mais para usar serviços de assinatura do aplicativo. Em 2015, o Tinder lançou o Tinder Plus. Embora o serviço básico do app continuasse […]
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O Tinder vai ter que pagar US$ 17,25 milhões em multas (parte em dinheiro e outra parte em recursos no aplicativo) para usuários acima de 29 anos que tiveram de pagar a mais para usar serviços de assinatura do aplicativo.

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Em 2015, o Tinder lançou o Tinder Plus. Embora o serviço básico do app continuasse gratuito, foi limitada a quantidade de curtidas que alguém poderia dar por dia. O Tinder Plus tornava isso ilimitado, disponibilizando a opção “passport”, que permitia curtir pessoas de uma cidade em específico, além de mais “super likes” e a opção de desfazer curtidas.

Os novos recursos custavam US$ 9,99 na maioria das vezes — ou seja, para usuários jovens na casa dos 20 anos de idade. Qualquer pessoa com 30 anos ou mais deveria pagar US$ 19,99.

O recurso pago foi criticado após o anúncio. O Engadget chamou na época de uma “forma desprezível de capturar” usuários. No entanto, o Tinder, que pertence ao Match.com, defendeu a decisão. Em um comunicado à NPR, a empresa comparou o Tinder Plus à precificação do Spotify, que cobra menos de estudantes para terem serviços de streaming de música. Um porta-voz da companhia explicou que o Tinder testou os preços do Plus e descobriu que “usuários mais jovens estão animados com o Tinder Plus, mas são mais sensíveis à limitação orçamentária e precisam de um preço menor para aderir.”

No entanto, Lisa Kim viu a diferença de preço como uma forma de discriminação de idade e registrou uma queixa no ano passado na Califórnia em nome dela e de outros que tiveram de pagar quase o dobro, pois nasceram antes de 1988.

Na última semana, o Tinder chegou a um acordo pela ação coletiva, conforme noticiado pelo site Law360. O Tinder não respondeu a uma solicitação de comentário feita pelo Gizmodo.

Sob o acordo, o Tinder concordou em parar de cobrar preços distintos na Califórnia baseado na idade. No entanto, o serviço pode ainda oferecer um desconto para usuários de 21 anos ou mais jovens.

A companhia vai compensar cerca de 230 mil pessoas com 50 “super likes”. Além disso, as pessoas que pagaram a mais podem escolher uma entre três opções: um cheque de US$ 25 e 25 “super likes”, uma assinatura do Tinder Plus ou uma versão superior de assinatura chamada de Tinder Gold (dependendo do tipo de serviço que eles estiverem usando).

Kim, que foi a autora da ação, receberá US$ 5.000. Às vezes, ser mais velho vale a pena, né?

[Law360, Top Class Actions]

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