Trabalhadores encontram presa de mamute de mais de 10 mil anos em mina nos EUA
Trabalhadores de uma mina de carvão na Dakota do Norte, nos Estados Unidos, fizeram uma descoberta muito inesperada: encontraram uma presa de mamute de 2,1 metros de comprimento que estava enterrada há milhares de anos.
Os mineiros desenterraram a presa de um antigo leito de rio, com cerca de 12,1 metros de profundidade, na Freedom Mine, perto da cidade de Beulah.
Assim, depois de avistar a presa, as equipes pararam de cavar a área e chamaram especialistas. Os cientistas do Serviço Geológico de Dakota do Norte estimaram que o achado tenha entre 10 mil e 100 mil anos.
Depois, outras escavações próximas ao local do primeiro achado encontraram mais ossos. Ao todo, foram descobertos mais de 20 ossos, incluindo uma omoplata, costelas, um dente e partes de quadris do mamute.
Achado de mamute é raro
Os ossos encontrados são de um mamute-lanoso. Esta foi a última espécie de mamute que se adaptou às regiões mais a norte do planeta. Comparados a outras espécies do gênero Mammuthus, esses mamutes-lanosos são animais de porte modesto, com uma estatura aproximada ao elefante-africano atual, medindo cerca de 3,2 metros de altura.
O mamute-lanoso conviveu com os humanos, que os caçaram para conseguir comida. Além disso, humanos usaram seus ossos e presas para fazerem ferramentas, habitações e artes (pingentes).
Os mamutes-lanosos começaram a desaparecer por volta do ano 10.000 a.C, uma população isolada sobreviveu até o ano 5.600 a.C na ilha de São Paulo (EUA) e na ilha de Wrangel (Rússia). Eles morreram por volta de 2000 a.c.
Os mamutes viveram na Dakota do Norte durante a Época do Pleistoceno, comumente chamada de Idade do Gelo. Nesta área, ocorreu a extinção há cerca de 10.000 anos.
A descoberta na mina é bastante rara na Dakota do Norte e na região. Muitos registros se perderam durante a última Idade do Gelo por glaciações e movimentos das camadas de gelo, explicou à Associated Press Paul Ullmann, paleontólogo da Universidade de Dakota do Norte
Agora, a empresa dona da mineradora onde os ossos foram encontrados pretende doar os ossos ao estado para fins educacionais. A ideia é que o espécime seja estudo para dar mais detalhes sobre a vida na Era do Gelo na região.