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Trump assina ordem executiva para banir TikTok e WeChat em 20 de setembro

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou duas ordens executivas que restringem a atuação dos aplicativos TikTok e WeChat no país a partir de 20 de setembro.

Logotipo do TikTok

Crédito: Lionel Bonaventure/AFP/Getty

A ofensiva de Trump a aplicativos chineses se tornou mais concreta nesta sexta-feira (7). O presidente dos Estados Unidos assinou duas ordens executivas: uma delas proíbe a ByteDance, empresa que desenvolve o TikTok, a fazer negócios com outras companhias americanas; a outra proíbe transações envolvendo aplicativo WeChat, da gigante Tencent.

As ordens passam a valer 20 de setembro e foram justificadas por uma suposta ameaça à segurança nacional dos EUA, alegando que os apps poderiam colocar a privacidade dos americanos em perigo. A ordem que afeta o WeChat não impacta outros negócios da Tencent, que é investidora em uma série de companhias ocidentais como a Epic Games e Spotify.

“Essa coleta de dados ameaça permitir que o Partido Comunista Chinês acesse informações pessoais e proprietárias de Americanos – potencialmente permitindo que a China rastreie a localização de funcionários federais e terceirizados, construa dossiês de informações pessoais para chantagem e conduzam espionagem”, diz o texto da ordem relacionada ao TikTok, segundo o LA Times.

Apesar das alegações dos EUA, não há provas de que o TikTok tenha compartilhado informações com o governo chinês. O próprio app nega que tenha ligações diretas com a China e vem tentando passar uma imagem de independência. A rede social criou escritórios nos EUA e contratou um americano para o cargo de CEO: Kevin Mayer, um ex-executivo da Walt Disney.

A Microsoft está negociando a compra das operações do TikTok e Trump deu até 15 de setembro para que a companhia chegue a um acordo. Aparentemente, se a empresa americana não fechar negócio até lá, o aplicativo da rede social será banido dos EUA.

O TikTok publicou um comunicado sobre a ordem executiva no qual se diz “chocado” com a decisão que foi tomada “sem o devido processo”. A companhia diz que tem tentado se engajar com o governo dos EUA “em boa fé para oferecer uma solução construtiva para as preocupações que foram expressas”.

“O que encontramos foi que a Administração não prestou atenção aos fatos, ditou os termos de um acordo sem passar por processos legais padrão e tentou se inserir em negociações entre empresas privadas”, diz a nota.

O WeChat é o principal aplicativo de mensagens da China e possui muitas funcionalidades adicionais, inclusive a de carteira digital para pagar por compras em shoppings, mercados e até pequenos comércios e restaurantes. Embora não seja muito popular em outros países, muitas pessoas o utilizam para conversar com amigos e família na China, já que aplicativos como o WhatsApp são banidos no país oriental. Algumas pesquisas apontaram recentemente que a censura chinesa chegou a bloquear mensagens vindas do exterior.

Em junho a Índia também bloqueou uma série de aplicativos chineses, incluindo o WeChat e TikTok.

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