No início do mês, a Uber informou que passaria a exigir que motoristas e passageiros usassem máscara, como uma medida de proteção durante a pandemia de COVID-19. Nesta terça-feira (19), a companhia informou que chega ao Brasil uma atualização do app dos motoristas parceiros que passará a verificar se ele está com o equipamento de segurança antes de iniciar a trabalhar.
Segundo a Uber, ao se logarem no app, os motoristas terão de fazer uma espécie de checklist online, o que inclui uma selfie para verificar se o condutor está usando máscara. Além disso, a companhia determinou que os passageiros fiquem apenas no banco traseiro, que as janelas do carro estejam abertas durante o trajeto e que haja álcool em gel no veículo.
Os usuários de caronas da Uber também passarão por um checklist parecido, com a diferença que não terá que tirar uma selfie. Será perguntado se ele está no banco traseiro, se as janelas estão abertas e se estão usando a máscara.
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Chama a atenção que quaisquer uma das partes envolvidas poderá cancelar a corrida se não se sentirem seguros, sem qualquer tipo de taxa para o motorista ou o passageiro. Então, se alguém não tiver de máscara, poderá se recusar a aceitar a carona sem maiores problemas.
No fim da viagem, haverá ainda uma avaliação mútua sobre higiene.
O recurso será liberado aos poucos para passageiros e motoristas e faz parte de uma série de ações da Uber neste tempo de pandemia. Eles dizem oferecer reembolso em cidades afetadas para motoristas comprarem álcool em gel, criaram a modalidade Uber Flash para o envio de pacotes por motoristas, estabeleceram uma ajuda financeira para condutores que pegarem COVID-19 e no Uber Eats criaram seções para valorizar restaurantes locais.
Com medidas de lockdown ou fechamento parcial de cidades ao redor do mundo, a Uber tem sentido bastante o golpe econômico empreendido pelos efeitos da pandemia. Soma-se a isso o fato de a empresa não ser lucrativa, o que deve complicar mais a situação. Para cortar gastos, a empresa tem demitido funcionários — estima-se que um quarto do quadro de trabalhadores no mundo todo — em um mês.