Mais um estudo buscando entender os impactos das redes sociais em nosso bem-estar reforçou a influência negativa dos sites em nossa vida. Pesquisadores das Universidades de Nova York e Stanford descobriram que usuários que passam um mês fora do Facebook se sentem mais felizes.
Os pesquisadores recrutaram 2.488 pessoas que passavam, em média, uma hora por dia na plataforma de Mark Zuckerberg, separadas em um grupo que desativaria suas contas e um grupo de controle que permaneceria as acessando. Para se certificar de que os usuários estavam obedecendo ao “jejum”, os pesquisadores checavam constantemente o perfil dos participantes.
Para medir o impacto na vida dos usuários, os pesquisados responderam a uma série de perguntas de bem-estar, medindo felicidade, solidão e qual emoção eles haviam sentido nos dez minutos anteriores. O resultado, segundo os pesquisadores, foi de melhorias nas medições de bem-estar.
Algumas das consequências observadas pelo grupo que desativou suas contas no Facebook foi um menor tempo gasto também em outras redes sociais e mais tempo dedicado a atividades offline, como ficar com família e amigos ou assistir à televisão.
Uma outra observação pertinente foi a da aparente ligação entre rede social e polarização política. Se, por um lado, os usuários que desativaram suas contas consumiram menos notícias, por outro eles também mostraram menos evidências de estarem politicamente polarizados.
É importante apontar que os usuários ainda podiam utilizar o Messenger, então eles ainda tinham o Facebook presente em suas vidas digitais, ainda que na forma de uma de suas funções que não necessariamente vem com os efeitos mais nocivos de se estar na rede.
Em última análise, o grupo que desativou seu Facebook também relatou passar menos tempo na rede mesmo após o experimento, o que, para os pesquisadores, sugere que a rede de fato é formadora de hábitos.
“O uso reduzido pós-experimento se encaixa com nossa descoberta de que a desativação melhorou o bem-estar subjetivo e também é consistente com a hipótese de que o Facebook forma hábitos… ou que as pessoas descobriram que curtem a vida sem o Facebook mais do que esperavam”, escreveram os autores do estudo.