No mundo, existem quatro forças fundamentais: gravidade, eletromagnetismo, força nuclear forte e força nuclear fraca. Entretanto, um estudo conduzido por cientistas dos EUA está sugerindo que possa existir uma quinta força: a interação dos múons.
Apesar de não muito conhecidos, os múons são partículas subatômicas instáveis. Elas são parecidas com os elétrons, mas 207 vezes mais pesadas.
Cada uma dessas partículas abriga um ímã interno, que faz com que ela oscile na presença de um forte campo magnético.
Cientistas do Fermilab, laboratório de estudos de partículas no estado de Illinois, EUA, usam essas partículas para analisar as forças fundamentais da natureza.
A descoberta é a mais recente em uma série de resultados promissores de experimentos de física de partículas realizados nos EUA, Japão e no Grande Colisor de Hádrons.
Na pesquisa, os cientistas enviaram as partículas ao redor de um ímã supercondutor de 14 metros e então aplicaram um campo magnético. Segundo o que conhecemos das leis da física, isso deveria fazer os múons oscilarem de uma determinada forma.
A investida mostrou, entretanto, que os múons oscilavam com uma frequência mais rápida do que o esperado. Uma força da natureza completamente nova para a ciência poderia explicar essa descoberta.
Possível revolução na ciência
Ninguém ainda sabe o que essa nova força potencial faz, a não ser influenciar as partículas de múon. Outra teoria é que pode estar associada a uma partícula subatômica ainda não descoberta.
A equipe espera terminar de analisar os dados dos últimos três anos do experimento até 2025 e determinar se é possível dizer que se trata de uma nova força da natureza ou não.
“Estamos realmente explorando um novo território. Estamos determinando as (medidas) com uma precisão melhor do que nunca”, disse à BBC Brendan Casey, cientista sênior do Fermilab.
Uma quinta força fundamental pode ajudar a explicar alguns dos grandes mistérios sobre o universo.