A Microsoft, finalmente, encerrou o (longo) processo de compra da Activision Blizzard. Conhecida como a maior aquisição da história dos games, o negócio anunciado há quase dois anos é avaliado em US$ 68,7 bilhões. Na prática, ele tem um grande impacto na indústria dos games.
Quando a aquisição foi anunciada, a empresa revelou que ela era fundamental para desenvolver a divisão Microsoft Gaming. Além disso, na ocasião, um dos fatores classificados como determinantes para a decisão de obter os direitos da companhia foram os esforços para desenvolver o metaverso.
Embora não seja dito explicitamente, o negócio inclui uma série de franquias populares, como “Diablo”, “Overwatch” e, principalmente, “Call of Duty”.
Um dos maiores temores de outras empresas da indústria era com uma possível exclusividade dessas franquias na plataforma Xbox. A Sony, por exemplo, foi uma das maiores opositoras da aquisição da Activision Blizzard. Ela alegou que a compra poderia gerar uma desvantagem competitiva para as empresas do setor.
Um dos principais temores da Sony era não poder contar com a disponibilidade da franquia “Call of Duty” em seus consoles. A série de FPS, uma das mais icônicas da indústria dos games, é uma das mais populares do PlayStation. Por isso, uma exclusividade no Xbox poderia refletir negativamente na venda de consoles.
No entanto, a Microsoft adotou uma estratégia mais conciliadora, sempre demonstrando publicamente que não tinha intenção de prejudicar as empresas do setor — caso contrário, o negócio não teria avançado.
Xbox Game Pass
Phil Spencer, chefe da Microsoft Gaming, fechou acordos para manter as franquias sob responsabilidade da Activision Blizzard por pelo menos dez anos em plataformas rivais. A Nintendo, principal concorrente PlayStation, aceitou os termos em julho deste ano após algumas negociações que terminaram sem acordo.
Uma das principais dúvidas que surgem em torno do negócio é se os jogos da Activision Blizzard entrarão no Game Pass. Isso porque nem todos os jogos farão parte do catálogo do serviço. A franquia “Diablo”, por exemplo, não tem nenhuma previsão de fazer parte do serviço.
O presidente da Blizzard, Mike Ybarra, já veio a público para desmentir rumores de que o último jogo da franquia entrará no serviço de assinatura e afirmou que não existem planos para que isso aconteça.
Com a franquia “Call of Duty” a ideia é um pouco diferente. Existem informações que indicam que a partir do ano que vem, os jogos da franquia podem chegar ao catálogo do serviço. Inclusive, com possibilidade de disponibilização de novos títulos já no dia de lançamento.
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