Vacina contra HIV se mostra promissora em estudo inicial

A vacina contra o vírus HIV foi capaz de gerar anticorpos em voluntários durante testes realizados por cientistas americanos; saiba detalhes
Vacina contra HIV se mostra promissora em estudo pequeno
Imagem: Mufid Majnun/Unsplash/Reprodução

Uma vacina contra o HIV desenvolvida por pesquisadores da Universidade de Washington, nos EUA, foi capaz de gerar anticorpos em voluntários livres do vírus. O imunizante ainda está em sua primeira fase de ensaios clínicos, o que significa que foi testado em poucas pessoas para avaliar principalmente a segurança do composto. 

Participaram do estudo 48 pessoas que não vivem com HIV. Dessas, 36 receberam a vacina e 12 tomaram um placebo. Foram oferecidas aos voluntários duas doses do imunizante administradas com dois meses de intervalo. 

Os participantes foram submetidos a exames de sangue durante as 16 semanas que sucederam as injeções. Então, a equipe notou que 97% das pessoas que receberam a vacina apresentaram aumento de anticorpos neutralizantes para o HIV no organismo. 

A vacina se mostrou segura, sendo relatadas apenas reações adversas leves como fadiga, dores de cabeça e sensibilidade no local da injeção.

Como funciona a vacina contra o HIV

O objetivo dos cientistas era estimular um tipo de célula imunológica específica conhecida como linfócito B. Esse é considerado um componente essencial do sistema imune adaptativo e tem como principal objetivo a produção de anticorpos contra antígenos.

Pense que o vírus HIV sofre mutações rapidamente e, consequentemente, consegue escapar do sistema imune com facilidade. Os anticorpos neutralizantes gerados pelas células B, por sua vez, conseguem atingir as partes do patógeno que sofrem menos modificações.

Apesar do imunizante gerar resposta imune, ainda não é possível dizer se ele realmente impede a infecção. Além disso, a quantidade de anticorpos produzida leva os cientistas a acreditarem que doses de reforço seriam necessárias para tornar a profilaxia mais efetiva. O estudo completo foi publicado na revista Science.

Vale reforçar que esse é um estudo inicial, o que significa que testes futuros com maior número de pessoas e acompanhamento amplo ainda devem ser feitos. De toda forma, seus resultados são promissores.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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