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Vacina contra COVID-19 testada pelo Butantan é segura para idosos, mas resposta imune é um pouco menor

A vacina contra COVID-19 CoronaVac é segura para idosos, mas estimula uma resposta imunológica levemente menor nesse grupo. Segundo informações reportadas pelo G1, a vacina não causou efeitos colaterais graves em testes de fase 1 e fase 2 realizados com 421 participantes de 60 anos ou mais. Os testes foram feitos em três grupos, que […]

Enfermeira no Brasil manipula uma vacina em teste da empresa chinesa Sinovac Biotech. Os ensaios clínicos estão sendo feitos no País. Foto: Silvio Avila/AFP/Getty Images

A vacina contra COVID-19 CoronaVac é segura para idosos, mas estimula uma resposta imunológica levemente menor nesse grupo.

Segundo informações reportadas pelo G1, a vacina não causou efeitos colaterais graves em testes de fase 1 e fase 2 realizados com 421 participantes de 60 anos ou mais.

Os testes foram feitos em três grupos, que receberam duas doses com quantidades baixas, médias e altas da CoronaVac. Mais de 90% tiveram altas significativas nos níveis de anticorpos, mas menores que as de jovens adultos.

Os resultados dos testes clínicos das fases 1 e 2 com pessoas entre 18 e 59 anos já haviam sido divulgados anteriormente.

A resposta imunológica em idosos é importante pois este é um dos grupos de risco, que tem chances maiores de vir a óbito em decorrência da doença.

As informações foram dadas por Liu Peicheng, representante do laboratório chinês Sinovac Biotech, à agência de notícias Reuters. Apesar do comunicado, nenhum estudo científico foi publicado acerca dessas descobertas.

A CoronaVac está sendo desenvolvida pela Sinovac Biotech e usa uma versão do vírus inativado para provocar uma resposta do sistema imunológico.

Os testes de fase 3 estão sendo feitos no Brasil e na Indonésia. A fase 3 é a última do protocolo, realizada depois de as duas primeiras fases mostrarem segurança e resposta imunológica nos indivíduos testados.

Na fase 3, a vacina é aplicada a grupos de milhares ou dezenas de milhares de pessoas — contra dezenas ou centenas das duas primeiras fases — e se compara o nível de infecção entre quem recebeu a vacina e quem recebeu um placebo. Também são observadas questões de segurança e efeitos colaterais, bem como a durabilidade da resposta imune.

Na China, a CoronaVac recebeu uma autorização emergencial para uso limitado em grupos de alto risco, como profissionais da saúde. Segundo o G1, ela já foi administrada em dezenas de milhares de pessoas, como 90% dos funcionários da própria Sinovac e suas famílias.

No Brasil, os ensaios estão sendo feitos em parceria com o Instituto Butantan, e a expectativa é de que ele produza a vacina para aplicação em massa caso ela se mostra segura e eficaz contra o coronavírus. A parceria prevê licenciamento de tecnologia, autorização de mercado e comercialização da vacina.

O Instituto espera produzir 120 milhões de doses até o fim de 2021 — se forem mesmo necessárias duas doses, isso é suficiente para imunizar 60 milhões de pessoas. A Sinovac diz que sua fórmula se mantém estável por três anos, o que pode facilitar a produção em larga escala e o armazenamento.

Segundo dados de 6 de setembro, o País já teve mais de 4,1 milhões de casos confirmados de COVID-19, com mais de 126 mil óbitos atribuídos à doença. No mundo todo, as mortes já passam de 890 mil.

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