Vacina da Novavax tem 90% de eficácia contra o coronavírus, apontam dados preliminares

Segundo a farmacêutica, o imunizante também protege das variantes — mutações do vírus que preocupam o mundo todo.
Imagem: Steven Cornfield (Unsplash)
Imagem: Steven Cornfield (Unsplash)

A farmacêutica Novavax divulgou, nesta segunda-feira (14), os resultados preliminares dos testes clínicos da terceira fase da vacina contra a Covid-19. O estudo apresentou proteção de 90% para os casos sintomáticos da doença, incluindo infecções pelas variantes.

O ensaio clínico envolveu 30 mil adultos com 18 anos ou mais residentes nos Estados Unidos e no México. Ao todo, foram 77 casos confirmados de Covid-19: 63 no grupo que recebeu o placebo e 14 no que tomou a vacina. Ainda assim, todos os casos no grupo da vacina foram leves.

Em comunicado, a empresa disse que o imunizante, conhecido tecnicamente como NVX-CoV2373, tem 90% de eficácia geral — nos casos sintomáticos, ela foi de 90,4% e, nos casos moderados e severos da doença, foi de 100%. Em pacientes de alto risco — maiores de 65 anos ou com outras condições de saúde –, a proteção foi de 91%. Contra as variantes, o estudo mostrou 93% de proteção.

A Novavax não especificou quais eram essas variantes, apenas confirmou que a Alpha (B.1.1.7) era predominante nos Estados Unidos no período do estudo – de 25 de janeiro a 30 de abril. A empresa já havia divulgado, em janeiro, resultados preliminares dos testes realizados no Reino Unido e na África do Sul: os resultados apontaram para uma eficácia de 89,3% no Reino Unido, e de 49,4% na África do Sul. No braço sul-africano do estudo, de 27 casos com sequenciamento do vírus, 25 eram da variante Beta (B.1.351).

Além disso, a vacina, que é administrada em duas doses num período de três semanas, foi considerada segura e bem tolerada nos testes. Entre os efeitos colaterais, há sensibilidade ou dor no local da injeção. Após a segunda dose, cerca de 40% dos participantes relataram dor de cabeça, dor muscular ou fadiga — com duração de menos de dois dias.

“Hoje, a Novavax está um passo mais perto de atender à necessidade crítica e persistente de saúde pública global por vacinas adicionais Covid-19”, disse Stanley Erck, presidente e CEO da empresa. “Continuamos a trabalhar com um senso de urgência para concluir nossas submissões regulatórias e entregar esta vacina, construída em uma plataforma bem compreendida e comprovada, para um mundo que ainda precisa muito de vacinas.”

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Agora, a farmacêutica passa por etapas de conclusão do estudo para poder solicitar as autorizações regulatórias. Ela também disse que entrará com diversos órgãos reguladores de medicamentos, incluindo o FDA (equivalente da Anvisa nos EUA), no terceiro trimestre e espera ser capaz de produzir 100 milhões de doses por mês até o final de setembro, aumentando a produção para 150 milhões por mês até o final do ano. A Novavax tem um acordo com o Covax, iniciativa da Organização Mundial de Saúde e da Gavi para fornecer vacinas a países de renda baixa e média, para entrega de 1,1 bilhão de doses.

[Stat News, G1, Estadão]

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