O tempo instável e com chuvas continua no próximo sábado (25) e domingo (26) na maior parte do Brasil, segundo previsão do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). Nesta quinta-feira (23), o órgão emitiu um alerta laranja para as regiões Sul e Sudeste.
A precipitação atinge em específico o litoral norte de São Paulo, região que continua recebendo ajuda depois das fortes chuvas que deixaram mais de 3,5 mil desabrigados e 49 mortos no feriado de Carnaval.
As áreas de instabilidade começam a ganhar força já nesta quinta-feira, quando se encontram com o sistema de baixa pressão que predomina entre a Argentina e o Uruguai. Há risco de mais tempestade e granizo a partir de sexta-feira (24).
A umidade presente no Litoral Norte de São Paulo por causa do excesso de chuva dos últimos dias pode causar novos problemas na região, aponta uma previsão do ClimaTempo. Como o solo está encharcado, ele fica mais vulnerável para o risco de novos deslizamentos.
A nebulosidade deve se espalhar pelos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará. No Centro-Oeste, as chuvas mais expressivas devem acontecer entre o Mato Grosso do Sul e Goiás, com volumes menores.
Chuva do norte ao sul
O maior volume de chuvas fica no sul do país. A tendência é que chova durante todo o final de semana no Paraná, Santa Catarina e norte do Rio Grande do Sul. Neste último, poderá chover até 60 mm (milímetros).
Segundo a previsão da Inmet, as regiões Norte e Nordeste devem enfrentar chuvas até o começo de março, em especial nos estados do Maranhão, litoral do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco. No litoral norte da Bahia, pode chover a qualquer momento.
No Norte, o tempo fica carregado no Pará e Amapá, com potencial de transtornos. A previsão aponta possibilidade de temporais em Manaus (AM) e Rio Branco (AC).
O que está causando tudo isso?
Uma das principais causas para a instabilidade no Brasil é a chamada ZCIT (Zona de Convergência Intertropical). Trata-se da banda de nuvens que circula o planeta na região equatorial.
Essas nuvens se formam a partir da convergência dos ventos alísios – correntes úmidas que seguem na direção da região equatorial. Quando os ventos alísios se encontram em baixos níveis da atmosfera, cria-se a ZCIT, que pode ser vista em imagens de satélite.
Apesar de ficar na região da linha do Equador durante todo o ano, essa zona de convergência pode sofrer alterações em seu posicionamento e intensidade dependendo das temperaturas da superfície do mar.
De maneira geral, quanto mais quente estiver a superfície dos oceanos, mais intenso será a ZCIT e maior será o volume de chuva, especialmente no norte e nordeste do Brasil.