Na última semana, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Ethel Maciel, anunciou que a vacina contra a Covid-19 será incorporada ao PNI (Programa Nacional de Imunização). Dessa forma, a vacinação não vai em etapas, mas sim dentro de um calendário fixo de aplicação.
O imunizante contra o Sars-CoV-2 deve ser adicionado à campanha de vacinação contra a gripe, que já é amplamente conhecida pela população. A circulação da variante XBB.1.5, considerada mais transmissível, e as aglomerações em festas de carnaval levaram a secretária a dizer que a vacinação deve ocorrer antes de abril de 2023, embora a data exata não tenha sido definida.
Assim como a vacina da gripe, o imunizante contra o coronavírus deve se tornar anual para grupos prioritários, como idosos, profissionais de saúde e pessoas com comorbidades. Por enquanto, a própria OMS (Organização Mundial de Saúde) não recomenda mais de três doses para a população geral.
Mas vale deixar algo claro: muitos brasileiros não foram se vacinar. Menos de 50% da população recebeu a terceira dose, também chamada de dose de reforço. Neste momento, o mais importante é completar o esquema vacinal destas pessoas, o que dificultaria a circulação do vírus e o surgimento de novas variantes.
Entraves
Há um segundo problema a ser resolvido pelo Ministério da Saúde ainda em janeiro: não há estoque de vacinas da Pfizer para crianças. De toda forma, Ethel disse que entrará em negociação com o laboratório para conseguir novos lotes até o final do mês.
Espera-se a chegada de 3,2 milhões de doses da vacina contra a Covid para a faixa etária de 6 meses a 4 anos e mais 4,5 milhões para o público de 5 a 12 anos.
Há também a Coronavac, que possui registro para ser aplicado em maiores de 3 anos. No entanto, a parceria com o Instituto Butantan foi rompida no último governo, algo que a secretária atual pretende retomar.