Anvisa confirma dois casos de variante ômicron no Brasil

A variante foi identificada em um casal de passageiros vindo da África do Sul. Eles chegaram ao Brasil antes de a nova cepa ser anunciada pela OMS
Imagem: Martin Sanchez/Unsplash

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) informou nesta terça-feira (30) sobre a identificação preliminar de dois casos da variante ômicron no Brasil. O sequenciamento genético foi feito pelo Laboratório Albert Einstein, mas os resultados ainda devem ser enviados para o Instituto Adolfo Lutz (IAL), que fará novos testes para cravar a confirmação. 

Um passageiro vindo da África do Sul desembarcou em Guarulhos, São Paulo, no dia 23 de novembro com um teste RT-PCR negativo em mãos. O homem voltaria para o país africano dois dias depois, e por isso procurou o laboratório do aeroporto para repetir o teste. Na data, foi acompanhado por sua esposa, e ambos testaram positivo para a Covid-19.

O fato logo foi comunicado ao Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS) do estado. Então, o laboratório Albert Einstein tomou a frente e tratou de realizar o sequenciamento genético do vírus. Os resultados apontaram para a nova variante, que tem preocupado cientistas e autoridades devido às suas várias mutações.

O episódio envolvendo o viajante aconteceu antes da variante ômicron ser detectada na África no Sul, em 24 de novembro. Ou seja, os países ainda não haviam sido notificados pela Organização Mundial da Saúde (OMS) sobre sua existência. 

Consequentemente, a chegada do passageiro também ocorreu antes do Brasil restringir, em 26 de novembro, a chegada de voos que tenham origem ou passagem pela África do Sul, República de Botsuana, Reino de Essuatíni, Reino do Lesoto, República da Namíbia e República do Zimbábue.

De acordo com a Anvisa, os pacientes que testaram positivo para a variante ômicron não haviam sido vacinados. Eles cumprem isolamento em São Paulo.

A variante ômicron foi definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como variante de preocupação, o que significa que ela possui alterações suficientes que podem facilitar a entrada no vírus nas células humanas ou escapar de algumas vacinas. Por enquanto, nada disso foi comprovado, e são necessários mais testes antes de que cientistas saibam qual os riscos da nova cepa.

Os resultados obtidos pelo laboratório Albert Einstein são considerados preliminares. Os protocolos nacionais adotados durante a pandemia exigem a confirmação por parte do Instituto Adolfo Lutz, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Carolina Fioratti

Carolina Fioratti

Repórter responsável pela cobertura de saúde e ciência, com passagem pela Revista Superinteressante. Entusiasta de temas e pautas sociais, está sempre pronta para novas discussões.

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