Veja a baleia que vive sozinha em aquário há 12 anos no Canadá
Kiska é uma baleia orca que ganhou um triste apelido: é a baleia mais sozinha do mundo. Ela vive completamente solitária desde 2011, quando seu último companheiro de cativeiro morreu.
O animal foi capturado no mar da Islândia em outubro de 1979, aos dois anos. Depois, Kiska foi vendida para o Parque Marineland, no Canadá, onde viverá até o último de seus dias como atração aos visitantes (foto).
O efeito do isolamento dá sinais claros no comportamento do animal. Kiska já não brinca ou se exercita. O mais comum é vê-la boiando imóvel, como se estivesse resignada com a situação. Às vezes, parece estar morta.
Ao longo dos anos, a baleia perdeu todos os dentes e foi observada andando em círculos no tanque vazio. Também são frequentes as vezes em que ela bate com a cabeça e o corpo contra as paredes de concreto e vidro.
É possível ver esse comportamento em imagens feitas por um drone no começo deste ano. A baleia se move, mas está completamente sozinha. É a sobrevivente entre as orcas que viviam com ela, incluindo seus cinco filhotes.
Salvem Kiska
Especialistas já classificaram o comportamento como o “pior estado de qualquer orca em cativeiro”. Hoje, diversas organizações de direitos animais pedem por melhores condições para Kiska. Entre as sugestões está a opção de levá-la para um local com outras orcas ou cetáceos semelhantes.
Mas a medida mais urgente é retirá-la de Marineland. Muitos ativistas classificam o parque como um dos “piores lugares para animais marinhos do mundo”. Uma petição online que pede pela libertação da baleia já reúne mais de 535 mil assinaturas.
Um estudo de 2019 indica que as orcas são animais altamente inteligentes. Sociáveis, elas possuem um dos maiores e mais complexos cérebros do reino animal. Por isso, sua sobrevivência em ambientes artificiais se torna extremamente desafiadora.
Especialistas dizem que a morte dos cinco filhotes da orca foi, provavelmente, um episódio traumático. “Os laços familiares, especialmente entre mães e filhos, são extremamente próximos e importantes para as orcas”, diz a pesquisa.
Em 2019, o governo do Canadá aprovou uma lei que proíbe a criação e comércio de cetáceos para fins de entretenimento.