Venezuela, Rússia e China serão parceiras no desenvolvimento de estação lunar

País sul-americano é um dos primeiros a embarcar no projeto liderado pela China. Base lunar começará a ser construída nesta década
China e Venezuela fecham contrato de cooperação para exploração lunar
Imagem: CNSA/Divulgação

A Venezuela confirmou, na última segunda-feira (17), que vai cooperar com o projeto da ILRS (Estação de Pesquisa Lunar Internacional), liderado pela China. O país sul-americano se torna, assim, um dos primeiros a embarcar no projeto paralelo ao Programa Artemis de exploração lunar, liderado pela NASA.

Gabriela Jimenez, vice-presidente e ministra da Ciência e Tecnologia da Venezuela, assinou uma declaração junto a Zhang Kejian, administrador da CNSA (Administração Espacial Nacional da China), e conversaram via chamada de vídeo.

De acordo com a CNSA, as agências espaciais dos dois países vão trabalhar juntas na demonstração e implementação de engenharia e operação da ILRS. Também haverá parceria no desenvolvimento e implantação de instrumentos e experimentos científicos e tecnológicos da estação, bem como no compartilhamento e análise de dados.

Planos da China

A China pretende construir a ILRS, uma base permanente na Lua, na década de 2030, e também conta com a ajuda da Roscosmos, agência espacial da Rússia. A estação lunar serviria para hospedar experimentos científicos e tripulações, a partir de 2036. Antes disso, a CNSA vai fazer uma série de missões até o satélite. 

Uma destas missões é a robótica Chang’e 6, programada para o ano que vem, que fará um retorno de amostras do polo sul lunar. Outra é a Chang’e 7, programada para 2026, que fará um pouso na mesma região, levando um rover e uma sonda. Depois, seria a vez da Chang’e 8, em 2028, uma missão teste de tecnologia na superfície lunar.

Parceria antiga

A China e a Venezuela já estabeleceram cooperação espacial antes, incluindo no lançamento de 2008 do satélite de comunicações VeneSat-1 construído pelo país asiático, e de outros satélites de sensoriamento remoto na órbita baixa da Terra.

Agora, a Venezuela vai disponibilizar sua infraestrutura de estação terrestre de controle de satélites para as missões lunares, entre outras coisas. “Isso representa uma oportunidade única para planejamento, orientação e definição de missões, bem como transferência de tecnologia e avanços conjuntos na exploração lunar”, disse um comunicado da ABAE, agência espacial do país sul-americano.

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