Vinho mais velho do mundo: como descobrir o sabor sem abrir a garrafa de 1867?
Uma garrafa de vinho de cerca de 1690 anos pode ser a mais velha do mundo – e, acredite se quiser, pode ser segura para beber. O Römische Wein von Speyer, ou vinho Speyer, está no Museu Histórico do Palatinado em Speyer, na Alemanha e permanece em exibição. Ele foi recuperado de uma sepultura romana em 1867. Era a única intacta entre as 16 no sarcófago.
Talvez sua textura cause algum enjoo, mas não o suficiente para deixar doente o aventureiro que decidir prová-la. A professora de vinhos Monkia Christmann disse ao site Futurism que “Microbiologicamente, provavelmente não está estragado, mas não traria alegria ao paladar”.
Uma das razões pela qual o líquido ainda não evaporou da garrafa depois de tanto tempo é porque, ao invés de uma rolha comum, ele foi selado com cera. Além disso, o conteúdo pode ter se beneficiado de uma excessiva camada de azeite de oliva, possivelmente um segredinho romano de durabilidade.
E não é só a preocupação com olfato e paladar que impede os especialistas de abrirem o vinho mais velho do mundo. É também o medo de que a relíquia não sobreviva à tentativa. Ao The Local, Ludger Tekampe, chefe do departamento de armazenamento, explicou que “Não está claro o que aconteceria se o ar entrasse no vinho”.
Entretanto, vale lembrar também que após tantos anos, o vinho já perdeu suas qualidades alcoólicas – ou seja, o Speyer agora nada mais é do que uma “mistura de uva”.