Após ataques, redes sociais removeram perfis que podem incentivar a violência nas escolas, segundo relatório do ministro da Justiça, Flávio Dino, divulgado nesta terça-feira (18).
De acordo com Dino, as redes sociais removeram 756 perfis que divulgavam conteúdos em apologia à violência nas escolas. Ele não informou, contudo, quais redes retiraram esses perfis.
O ministro afirmou que pediu às redes para preservar o conteúdo de 100 perfis removidos. Ele não forneceu os detalhes sobre os conteúdos mantidos, mas disse que mantê-los servirá para auxiliar nas investigações.
Segundo Dino, a ação aconteceu ao longo dos últimos dez dias. Nesse período, portanto, diferentes plataformas de redes sociais retiraram do ar perfis que influenciavam ou estimulavam ataques violentos nas escolas.
Após os ataques em uma creche de Blumenau, em Santa Catarina, e em uma escola estadual em São Paulo, o ministro da Justiça informou que houve a prisão e apreensão de 225 pessoas.
Além dessas prisões e da remoção dos perfis, 694 pessoas foram intimadas a prestar depoimentos; 1.595 boletins de ocorrências foram registrados, 1.224 estão em investigação e 155 buscas e apreensões foram realizadas.
O Ministério da Justiça recebeu 7.473 denúncias através do canal oficial criado para abrigar as investigações relacionadas aos ataques e tentativas de ataques em escolas.
O balanço divulgado hoje ocorreu durante a reunião convocada pelo presidente Lula. O objetivo da reunião é a criação de um “Conselho da Federação” para lidar com questões relacionadas a segurança em escolas.
Presidente Lula em reunião sobre ações para prevenir violêncianasescolas https://t.co/uYJP1O1mqF
— Lula (@LulaOficial) April 18, 2023
Além de reforçar a segurança, uma das medidas do “Conselho” incluir no Projeto de Lei das Fake News, regras que determinam que a ação rápida das plataformas digitais na remoção de conteúdos que possam incentivar a violência nas escolas.