Na última quarta-feira (13), o Mapa (Ministério da Agricultura do Brasil) informou via comunicado que identificou a presença do Vírus do Mosaico Moderado do Cacau (CaMMV) em plantações no nordeste da Bahia. Segundo o órgão, a situação está sob controle.
Entenda o cenário
Em uma ação de pesquisa a respeito de vírus relacionados ao genoma do cacau, a Ceplac (Comissão Executiva do Plano da Lavoura Cacaueira) coletou amostras nas áreas do Cepec (Centro de Pesquisa do Cacau), em Ilhéus, na Bahia.
Entre as coletas, havia tanto plantas com sintomas de doenças quanto sem sinal algum. Todo o material foi enviado a um laboratório nos Estados Unidos que possui o método patenteado para identificar o vírus CaMMV. E o resultado veio positivo.
O Departamento de Sanidade Vegetal e Insumos Agrícolas (DSV), a Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária (SFA) na Bahia e a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) também estão cientes.
Implicações na produção brasileira de cacau
O CaMMV é um vírus invasivo que reduz a vitalidade das folhas, causando manchas no cacau. Dessa forma, ele gera perdas de produtividade nas plantações onde se espalha. Contudo, o vírus não está na lista de pragas quarentenárias do país.
Em geral, o Brasil é o sétimo maior produtor de cacau do mundo e a Bahia é o maior estado produtor do fruto no país. A cultura tem se expandido recentemente e uma invasão do Vírus do Mosaico Moderado do Cacau poderia prejudicar a produção da matéria-prima do chocolate.
Isso porque não há cura para o CaMMV. Geralmente, agricultores destroem as áreas afetadas pelo vírus na tentativa de evitar sua disseminação.
No entanto, o Mapa afirmou que a situação está sob controle. O órgão disse que a Ceplac já está trabalhando em um plano para lidar com o problema e parceiros nacionais e internacionais trabalham em conjunto na pesquisa relacionada ao problema.
Dessa forma, pretendem monitorar o vírus e implementar métodos de diagnóstico avançados para compreender os sintomas e possíveis impactos na produção de cacau.
