Visa começa a testar venda de ingressos em NFTs no Brasil

Ingressos digitais vão se tornar NFTs registrados em carteiras virtuais. Assim, eles poderão ser rastreados e validados pelos compradores
Emil Kalibradov/Unsplash
Imagem: Emil Kalibradov/Unsplash

A empresa de serviços financeiros Visa vai começar a vender ingressos para eventos no Brasil em NFTs. Já que um NFT não pode ser substituído, a ideia é usar a tecnologia prevenir fraudes e permitir a revenda dos ingressos forma mais segura.

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A iniciativa é uma parceira com a plataforma de criptomoedas Bitfy. Os ingressos digitais poderão ser rastreados e validados pelos compradores ao se tornarem NFTs registrados em carteiras virtuais.

A tecnologia blockchain, usada para validar os NFTs, é a base de criptomoedas, como bitcoin e ethereum, por exemplo. Segundo a Visa, a tecnologia vai reduzir diversas vulnerabilidades exploradas por golpistas. A

“Outro fator importante é que as promotoras de eventos terão uma melhor visibilidade de vendas de seus ingressos, evitando números inflacionados de vendas. O resultado final é uma melhor experiência de compra e venda para todos os envolvidos, modernizando e digitalizando todo o setor de eventos”, disse a Visa em um comunicado.

Patente para cripto, NFT e metaverso

Essa não é a primeira iniciativa da Visa no mercado de criptomoedas e blockchain. Em outubro de 2022, a empresa entrou com dois pedidos de marca registrada no Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos relacionados a carteiras digitais, NFTs e o metaverso.

A entrada da Visa no segmento vem na sequência de outras grandes empresas, como a American Express e a bolsa de valores de Nova York, que apresentaram pedidos semelhantes no ano passado.

Além de permitir a conversão de criptos para pagamentos usando seus cartões, a Visa anunciou que estuda o que pode ser uma mudança significativa no universo blockchain.

O que é NFT?

NFT é a sigla em inglês para “non-fungible tokens” (ou “token não fungível”). O token é como um um selo (no sentido de liberar ou acessar algo). Fungível significa qualquer coisa que possa ser substituída por outra da mesma espécie.

Token não-fungível é único e, por esse motivo, tem uma autenticidade que nenhum outro produto conseguirá obter.

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Tecnologia, que virou febre na arte, agora pode ajudar a deixar os ingressos mais seguros. Imagem: Pixabay/Reprodução

É possível fazer a seguinte associação: imagine, por exemplo, o quadro “Mona Lisa”, de Leonardo Da Vinci. Trata-se de uma obra mundialmente conhecida, e qualquer pessoa pode buscar pela imagem da peça na web, baixar no computador, imprimi-la e usá-la de fato como um quadro. Só que, mesmo com milhões de cópias, a obra original — que está exposta no Museu do Louvre, na França, e valeria milhões de dólares — é única.

Comprar o NFT dessa obra seria como ter o direito de dizer que se tem o original em casa. Ainda que outras pessoas possam fazer imagens e acessá-la, o direito à posse acaba sendo exclusivo. Fez sentido, leitor?

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Gabriel Andrade

Gabriel Andrade

Jornalista que cobre ciência, economia e tudo mais. Já passou por veículos como Poder360, Carta Capital e Yahoo.

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