Voo da FAB traz vítimas do terremoto na Turquia; qual destino delas?
Pelo menos 17 vítimas do terremoto que atingiu a Turquia na última segunda-feira (6) chegaram ao Brasil no domingo (12) em um avião da FAB (Força Aérea Brasileira). O grupo de nove brasileiros e oito estrangeiros desembarcou na Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro.
Os sobreviventes embarcaram na aeronave que voltou ao Brasil depois de levar uma equipe de ajuda humanitária para a Turquia. A viagem de ida levou 42 profissionais para a capital Ancara na quarta-feira (9). Entre eles estão bombeiros, agentes de saúde e da Defesa Civil.
FAB transporta brasileiros e estrangeiros da Turquia para o Brasil.
O voo foi um dos mais longos de transporte aerologístico e durou cerca de 15 horas. Saiba mais : https://t.co/SsISHUYWbG#AsasQueProtegemOPaís @DefesaGovBr @itamaratygovBr pic.twitter.com/cJUl8I3S8D
— Força Aérea Brasileira 🇧🇷 (@fab_oficial) February 12, 2023
A equipe brasileira deve permanecer em missão no país por duas semanas. Além das consequências do terremoto, que alcançou 7,8 graus na escala Richter – um índice que beira à classificação de catástrofe –, a Turquia também enfrenta temperaturas abaixo de zero em um dos invernos mais rigorosos da história.
Quem são os sobreviventes brasileiros
Entre os brasileiros vítimas do terremoto da Turquia há quatro crianças e uma mulher grávida, Fernanda Lima. Ela viu a casa desabar assim que deixou a estrutura junto com o marido e o filho.
“Quando eu entendi que aquela situação não era habitual, comecei a gritar para meu marido e meu filho acordarem. Então arranquei o meu filho do berço, dei na mão do meu marido e falei: corre, que isso é um terremoto”, contou. “E foi só o tempo da gente sair de casa. Quando saímos de casa, nós a vimos desabar. Perdemos tudo”.
O professor Guilherme Brito, de 22 anos, é outro repatriado após o terremoto da Turquia. Ele tinha acabado de chegar à cidade de Adana para um intercâmbio estudantil quando os tremores começaram.
“Eu tinha acabado de chegar”, contou à TV Brasil. “Jantei, fui dormir e, por volta de 4h da manhã, senti tudo tremer”. Ele correu para a rua e logo viu três prédios próximos caídos, além de muitos outros com rachaduras graves.
Segundo ele, a sensação térmica no momento do terremoto chegava a -1ºC, o que pode ter feito com que muitas pessoas morressem em meio aos escombros. No domingo, o número de mortos passava dos 35 mil, sendo 31.643 na Turquia e 3.581 na Síria.
Segundo a ONU (Organização das Nações Unidas), a confirmação de óbitos pode dobrar nos próximos dias. Até 5,3 milhões de pessoas perderam suas casas só na Síria. Pelo menos 870 mil precisam urgentemente de alimentos nos dois países afetados.