O que causou o terremoto devastador na Turquia?
Nesta segunda-feira (6), partes da Turquia e Síria foram atingidas por um terremoto de magnitude 7,8. O fenômeno está sendo considerado o mais forte já visto na Turquia dentro dos últimos 80 anos. Mais de 5 mil pessoas morreram no episódio e outras 17 mil ficaram feridas.
A região é conhecida pelos abalos sísmicos devido a presença de três placas tectônicas: a da Eurásia ao norte, a da África-Arábia ao sul e a Placa da Anatólia.
A maior parte dos grandes terremotos registrados nos últimos cem anos ocorreu ao longo da Falha do Norte da Anatólia. Mas agora, os cientistas estão observando um aumento do estresse na Falha Oriental da Anatólia.
Pesquisadores explicam que a falha era excepcionalmente quieta no século passado, mas já mostrava indícios de que poderia causar terremotos de magnitude 7,4 ou maiores.
O evento recente foi considerado um terremoto de “deslizamento”, em que dois pedaços de terra caíram um sobre o outro horizontalmente. No caso, trata-se das Placas Arábica e da Anatólia.
O terremoto na Turquia não foi único. Esse primeiro ocorreu na Falha Oriental da Anatólia e se espalhou para uma segunda região de falha onde as placas da Arábia, da Anatólia e da África convergem. Outro terremoto de magnitude 7,5 ocorreu horas depois em outra falha próxima que havia sido mapeada, mas não faz parte da Falha Oriental da Anatólia.
Foram registrados mais de 40 tremores secundários só na segunda-feira (6). Outras centenas são esperadas para os próximos dias. Isso ocorre porque os blocos sob a superfície ainda estão se reestruturando, buscando assim um novo equilíbrio.