Terremoto na Turquia: geografia do país favorece esses fenômenos?
Um terremoto de magnitude 7,8 atingiu regiões da Turquia e Síria na manhã desta segunda-feira (6). Até o momento, mais de 1.500 pessoas morreram e mais de 8 mil ficaram feridas.
O epicentro do terremoto foi próximo a cidade turca de Gaziantep. Além da queda de prédios, o desastre também levou ao chão parte de um castelo histórico situado no topo de uma colina da região. A obra de 2 mil anos teve parte de suas muralhas e torres de vigia destruídas.
Um hospital turco também desabou e teve que ser evacuado. Entre os pacientes, havia crianças recém-nascidas. Neste momento, equipes de resgate estão trabalhando em diversas cidades em busca de sobreviventes.
Esse não foi um terremoto isolado. Um segundo episódio de magnitude 6,7 foi sentido horas depois, com um terceiro, de magnitude 7,5, acontecendo horas mais tarde, a mais de 100 quilômetros de distância do primeiro local.
Predisposição geográfica
A Turquia está localizada entre três placas tectônicas que costumam ter atritos entre si: a da Eurásia ao norte, a da África-Arábia ao sul, e a Placa da Anatólia. Por conta disso, o país é considerado uma das zonas de terremotos mais ativas do mundo.
Neste caso, os terremotos foram resultado de um deslizamento entre as placas. Segundo especialistas, a terra escorregou cerca de 160 quilômetros de um lado ao outro. Em situações do tipo, as placas se movem horizontalmente, e não verticalmente.
O terremoto na Turquia foi consideravelmente raso, com o evento sendo sentido pela primeira vez a 10 quilômetros de distância da superfície. Essa proximidade com o solo torna comum a ocorrência de réplicas.
Foram registrados até o momento cerca de 40 tremores menores. Outras centenas de abalos devem ocorrer em sequência.