Yellow restringe área e vai multar quem deixar bicicleta fora de bairros selecionados de São Paulo

Há alguns meses, a Yellow apareceu em São Paulo com uma proposta ousada: um sistema de aluguel de bicicletas sem estações, em que seria possível pegar uma delas e deixá-la em qualquer lugar. Até mesmo em bairros mais afastados do centro as bikes amarelinhas começaram a aparecer, e mesmo os episódios de roubo e vandalismo […]

Há alguns meses, a Yellow apareceu em São Paulo com uma proposta ousada: um sistema de aluguel de bicicletas sem estações, em que seria possível pegar uma delas e deixá-la em qualquer lugar. Até mesmo em bairros mais afastados do centro as bikes amarelinhas começaram a aparecer, e mesmo os episódios de roubo e vandalismo estavam, segundo a empresa, abaixo do previsto., dando a esperança de que seria possível pegar uma em qualquer canto.

Só que isso vai mudar: a startup restringiu sua área de atuação a alguns bairros da zona oeste e da zona sul de São Paulo. Quem estacionar uma bicicleta fora da área delimitada pagará uma multa de R$ 30.

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A taxa passa a valer no dia 1º de outubro. Hoje, o aplicativo da Yellow já mostra um aviso sobre as novas regras, e o mapa fica escuro fora da área delimitada — que envolve bairros como Vila Madalena, Pinheiros, Itaim Bibi e Vila Olímpia, além da Cidade Universitária, onde fica grande parte dos institutos da USP, e o Parque do Ibirapuera. Ainda há bicicletas na região proibida, mas a tendência é que elas deixem de ser ofertadas nessa região.

À Folha de S.Paulo, Eduardo Musa, cofundador e presidente da empresa, disse que é impossível atender a cidade toda com 20 mil bicicletas. O jornal diz que, de acordo com o último dado divulgado, 2 mil bikes estavam em circulação, mas a empresa parou de divulgar o número por considerá-lo estratégico.

Musa também argumenta que “é preciso que haja densidade na oferta em regiões com muita demanda” para conseguir prestar um bom serviço — em outras palavras, não adianta ficar sem bicicletas onde os interessados estão. Ele também conta que a taxa de R$ 30 é um retorno, e que, muitas vezes, pagar um táxi ou um caminhão para buscar as bicicletas fica até mais caro do que isso. Mesmo assim, o executivo diz não acreditar que usuários da periferia da cidade tenham sido preteridos, e que acredita que eles são os principais consumidores do serviço.

[Folha de S.Paulo]

Imagem do topo: Divulgação/Yellow

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