YouTube oferece ferramenta para cortar automaticamente trechos que infringem direitos autorais

O YouTube prometeu lidar com os problemas com os trolls de direitos autorais, e agora a empresa está tentando fazer isso com uma nova solução. A companhia anunciou que fornecerá uma ferramenta de “corte assistido” para vloggers para remover o conteúdo supostamente infrator em seu vídeo com um clique e liberar automaticamente uma reivindicação de […]
Tela inicial do YouTube. Crédito: Kon Karampelas/Unsplash
Tela inicial do YouTube. Crédito: Kon Karampelas/Unsplash

O YouTube prometeu lidar com os problemas com os trolls de direitos autorais, e agora a empresa está tentando fazer isso com uma nova solução. A companhia anunciou que fornecerá uma ferramenta de “corte assistido” para vloggers para remover o conteúdo supostamente infrator em seu vídeo com um clique e liberar automaticamente uma reivindicação de ID de conteúdo.

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Antes, o YouTube oferecia a opção de os criadores silenciarem, cortarem ou trocarem o áudio contestado com músicas da biblioteca do YouTube e liberarem a reivindicação, mas isso é um pouquinho melhor, automatizando o corte com apenas um, e não com alguns cliques. Plataformas sociais gigantes tendem a não funcionar de maneira proativa até que haja algum problema, então o negócio é aceitar e ver como funciona na prática.

A função de corte/indicação de tempo ajuda o YouTube a reduzir a atividade de detentores de direitos autorais de ganhar dinheiro rapidamente com o vídeo de outras pessoas. Alguns detentores de direitos autorais selecionados com um “trabalho avançado no conhecimento de ID de conteúdo” estão autorizados a sinalizar manualmente os vídeos em que eles declaram serem “roubados” e depois optar por gerar receita com esses vídeos.

No meio do ano, o YouTube tornou obrigatória a indicação de tempo para reivindicações manuais, para que os criadores possam cortar os “trechos ofensivos” e evitar que os anúncios de uma pessoa ganhe pelo trabalho de outra.

Isso ainda não resolve o problema de trolls que brincavam com o sistema de ID de conteúdo reivindicando a propriedade de sons genéricos como ruído branco ou canto de pássaro ou até mesmo a voz humana. A atual medida tampouco resolve o temido sistema de direitos autorais de três sinais (“três strikes”), que pode resultar em uma proibição catastrófica e exclusão total, mesmo para reivindicações falsas, que pelo menos um troll considerou bastante lucrativo — em tempo, o YouTube processou a pessoa.

Historicamente, o YouTube parece ter avaliado as opções e escolhido legalmente entregar o martelo aos reclamantes, e recentemente começou a fazer políticas retroativas após muitos protestos. Em julho, eles anunciaram que penalizariam repetidos reclamantes de direitos autorais que não enviassem dados precisos; logo depois, o YouTube anunciou que “proibiria os proprietários de direitos autorais de usar nossa ferramenta de reivindicação manual para gerar receita com vídeos de criadores com usos muito curtos ou não intencionais de música”

A medida deve afastar trolls em busca de dinheiro, mas não lida com reclamantes como a Universal Pictures, que é conhecida por atacar agressivamente críticos de cinema que não agradam ao estúdio. Como o YouTube alertou em agosto, “incluir o conteúdo de outra pessoa sem permissão — independentemente do tamanho do clipe — significa que seu vídeo ainda pode ser alvo de reivindicação e os proprietários dos direitos autorais ainda poderão impedir a monetização ou impedir a visualização do vídeo”.

O corte de trecho não resolve o problema de atrapalhar o trabalho criativo nem o fato de o YouTube tentar lidar com um gigante que cresce 500 horas de conteúdo por minuto, mas está se empenhando em melhorar as partes ruins.

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