Em um momento em que plataformas de redes sociais estão dificultando o acesso à notícias de organizações jornalísticas profissionais, o YouTube vai na contramão disso. Agora, a plataforma de vídeos lançou oficialmente uma ferramenta para fomentar o consumo de notícias de fontes confiáveis.
A rede social argumenta que quer oferecer uma nova “experiência imersiva” em dispositivos móveis, com conteúdos informativos aprofundados para usuários que assistem ou procuram por vídeos de notícias. O YouTube também quer investir US$ 1,6 milhão (R$ 8 milhões) para incentivar a criação de conteúdo jornalístico.
A nova página de exibição do YouTube vai aparecer quando os usuários abrirem algum vídeo marcado com um ícone de jornal. Ela trará destaque para conteúdos informativos em todos os formatos que existem na plataforma: vídeos longos, transmissões ao vivo, podcasts e “shorts”.
“Estamos introduzindo uma experiência imersiva de página de exibição para notícias no YouTube. A página de exibição de notícias reunirá conteúdo de fontes confiáveis em vídeos sob demanda, transmissões ao vivo, podcasts e Shorts, permitindo que os espectadores se aprofundem e explorem múltiplas fontes e ângulos”
Em um post no blog, a plataforma detalha o funcionamento da novidade. Uma pesquisa sobre inundações no Paquistão exibe um feed com fontes de informação confiáveis com mais detalhes sobre o assunto.
O YouTube confirmou em comunicado que a ideia será lançada gradativamente em 40 países. Inicialmente, apenas as versões mobile do aplicativo receberão o novo feed de notícias, mas há previsão para o recurso chegar também nas versões web e smart TV.
Recentemente, a Meta Platforms revelou que não planeja promover conteúdos de notícias no Threads, sua rede social no estilo X/Twitter. A informação foi compartilhada pelo CEO Adam Mosseri, que afirmou que não terá recomendações de notícias para usuários que não fizerem uma busca ativa por este tipo de conteúdo.
Já o X tem sido marcado pela antipatia com a classe jornalística nos últimos meses. Elon Musk instituiu uma resposta padrão para pedidos de jornalistas: um emoji de cocô. Mais recentemente, deixou de exibir títulos de notícias, deixando os links vinculados às imagens dos posts — algo que tem causado certa confusão entre o público nos últimos dias.