Crackle, serviço de streaming da Sony, chega ao Brasil: de graça e com ar de Sessão da Tarde
A Sony anunciou ontem que seu serviço de filmes e seriados, o Crackle, chegou ao Brasil. E temos boas e más notícias para vocês: a parte boa é que o serviço é completamente gratuito — basta entrar, clicar no filme ou seriado que quiser e encher a boca de pipoca, sem qualquer indício de pirataria. A ruim é que o catálogo e a qualidade da imagem dificilmente empolgarão muita gente.
Veja alguns dos filmes que a Sony já disponibilizou e que serão os carros-chefe do site por enquanto: “Hellboy” (2004), “Homens de Preto” (1997), “Bad Boys” (1995), “O Calouro da Máfia” (2002), “A Colônia” (1997) e por aí vai. Veja bem, eu não tenho nenhum problema com filmes antigos — rever a parceria de Jean-Cloud van Damme com Dennis Rodman sempre vale a pena — mas os filmes lembram as tardes tediosas da infância. A parte de seriados também não empolga, com “Caixa Rápido”, “Os Incomuns” e algumas outras que eu só via os primeiros minutos ao chegar em casa às 4h da manhã e ligar, sem razão aparente, no SBT.
Mas, se você quer saber, lá fora a situação da versão americana do Crackle também não é tããão diferente: há um ou outro episódio de Seinfield (apenas sete no total); e há mais filmes, mas também antigos (como o ótimo “A Toda Velocidade” e o estranho “Ano Um”). Provavelmente eles devem aparecer por aqui em breve — o objetivo da Sony é que o catálogo conte com 150 opções, que poderão ser trocadas com o decorrer do tempo.
E é bom saber desde já que os filmes têm apenas duas opções de qualidade de imagem: 360 pixels e 480 pixels. O necessário para ver na tela do computador, mas não espere um ótimo resultado ligando seu notebook na TV via HDMI.
O Crackle já existe nos EUA desde o início de 2011 e, segundo a Sony, tem 11 milhões de visitas por mês no país. Talvez seja um exagero dizer que ele concorre com o Netflix e com outras soluções, como o Netmovies. Como o serviço da Sony é gratuito, o foco parece ser outro. Por isso mesmo pode soar maldoso reclamar do acervo e da qualidade da imagem (e da ausência de legendas em alguns títulos). Mas não é: a Sony não tem o Crackle por caridade — antes dos filmes, você assiste a um comercial, que é onde a empresa pretende fazer dinheiro com o site. Mas, ei, é de graça! [Crackle via Veja]