Ao observar as embalagens plásticas no supermercado, é comum encontrar um triângulo com números de 1 a 7. O símbolo do triângulo por si só já indica que a embalagem é reciclável. Porém, os números também possuem um significado específico.
Cada número no triângulo indica o tipo específico de plástico da embalagem e o seu grau de reciclabilidade. Além disso, cada plástico possui características diferentes, como flexibilidade, resistência e variações de temperatura.
Os números servem, por exemplo, para o consumidor saber qual pode ir no micro-ondas ou mesmo para separar o lixo de casa de maneira mais eficiente, agrupando as embalagens plásticas de acordo com o tipo para a coleta seletiva.
A informação dos números nas embalagens plásticas também é crucial para indústrias e coleta seletiva, visando a identificação do tipo específico do polímero para determinar a maneira mais viável de reciclagem.
Por exemplo, alguns tipos de plásticos não podem se misturar com outros polímeros ou substâncias durante o processo de reciclagem. Os números nas embalagens, portanto, são úteis para evitar erros.
Além disso, a identificação do tipo de plástico permite avaliar a viabilidade financeira do processo de reciclagem. Alguns materiais demandam um custo maior e são mais difíceis de reaproveitar.
Significado dos números em embalagens plásticas
Confira abaixo o significado de cada um dos números das embalagens plásticas, começando pelo primeiro e mais conhecido.
1: PET (polietileno tereftalato)
Este plástico é extremamente popular em garrafas de refrigerante e fibras têxteis devido a sua capacidade de reter gás e proteger contra a umidade. O PET é altamente reciclável e bem estabelecido no Brasil. Contudo, embalagens PET podem liberar substâncias tóxicas quando expostas à luz do Sol.
2: PEAD (polietileno de alta densidade)
Comum em sacolinhas de supermercado, tampas de garra e outros produtos, o PEAD é um plástico atóxico com boa resistência físico-química. No entanto, a reciclagem do PEAD depende da viabilidade econômica, sendo mais comum para embalagens plásticas maiores.
3: PVC (policloreto de vinila)
A aplicação do PVC ocorre em tubulações de água e esgoto, além de mangueiras, fios, potes de maionese e outras embalagens. A reciclagem do PVC não é tão frequente porque o processo demanda muita energia.
4: PEBD (polietileno de baixa densidade)
O PEBD é um plástico de baixo custo, atóxico e reciclável, utilizado em diversas aplicações, como embalagens, brinquedos e sacos de lixo.
5: PP (polipropileno)
Também atóxico, o PP é ideal para embalagens plásticas flexíveis e produtos que precisam ser vistos pelo consumidor, como iogurte e ketchup. Além disso, o PP preserva o aroma dos alimentos e suporta altas temperaturas, sendo ótimo para potes de micro-ondas.
6: PS (poliestireno)
O PS está presente em embalagens de cosméticos, descartáveis e como espuma (isopor). Por ser versátil, é possível encontrar esse plástico na forma sólida ou como espuma (isopor). O PS é reciclável, mas é preciso considerar a viabilidade econômica do processo.
7: Outros
Essa categoria representa todos os outros plásticos que não se enquadram categorias anteriores, como o BOPP (polipropileno bi-orientado), utilizado em pacotes de salgadinhos e biscoitos.
A reciclagem dos plásticos desta categoria depende de tecnologias e logística específicas.
E se a embalagem não tiver número?
Embora seja uma norma da ABNT desde 2008, algumas empresas ainda não adotaram os números de identificação em embalagens plásticas.
Neste caso, é preciso entrar em contato com a marca através de seus canais de comunicação para solicitar a inclusão dessa informação. Também é preciso de engajamento para convencer mais empresas a adotarem essa prática, pois é fundamental para transparência e para o consumo consciente.