1º autoteste da Covid é aprovado no Brasil; veja como interpretar o resultado
No final da semana passada, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o primeiro autoteste de Covid-19 do Brasil.
O produto é o “Novel Coronavírus Autoteste Antígeno”, desenvolvido pela empresa CPMH Comércio e Indústria de Produtos Médicos-Hospitalares e Odontológicos.
O teste utiliza um swab nasal e fornece o resultado em apenas 15 minutos. Assim como os testes rápidos oferecidos em farmácias, ele faz a detecção do antígeno, definindo se a pessoa está ou não infectada no momento da coleta. A diferença é que este pode ser feito sem auxílio de um profissional da saúde.
Diante da aprovação, fica aquela dúvida: como o autoteste funciona?
Utilizar a ferramenta e interpretar seu resultado é mais simples do que parece.
Para começar, o paciente coleta a amostra com o auxílio do swab nasal. Então, a haste é colocada dentro de um tubo contendo reagente. Depois disso, algumas gotas da mistura são despejadas no dispositivo plástico, que mostra o resultado em menos de 20 minutos.
No momento do resultado, podem aparecer duas linhas, que indicam as letras C (de Controle) ou T (de Teste). A letra C serve para validar o teste, indicando se a amostra se espalhou corretamente pela fita. Ou seja, ela sempre ficará visível – e se isso não acontecer, o resultado do teste será invalidado e o paciente terá que utilizar um segundo kit.
Já o T mostra o resultado do exame. Sendo assim, se o dispositivo detectar a presença do vírus, ambas as linhas ficarão visíveis. Caso contrário, apenas a linha C irá se destacar.
A Anvisa recomenda utilizar o autoteste entre o 1º e 7º dia do início dos sintomas, o que inclui febre, tosse, dor de garganta, coriza, dores de cabeça e no corpo. Para aqueles que tiveram contato com alguém que testou positivo, o indicado é aguardar cinco dias antes de utilizar o autoteste.
O resultado do autoteste não vale como diagnóstico e nem mesmo pode ser utilizado como atestado médico ou no embarque de viagens internacionais. Na verdade, ele serve apenas como orientação para que pessoas que testaram positivo permaneçam em casa e evitem a propagação do vírus.
A CPMH prevê a chegada de seu produto nas prateleiras ainda em fevereiro. O preço exato do autoteste não foi divulgado, mas a ideia é que o valor fique abaixo daquele cobrado por testes rápidos de farmácia.